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Enviada em: 01/10/2017

Ainda no século XX, o surgimento dos Jogos Paraolímpicos representou um avanço quanto à inclusão de pessoas com deficiência. Esse marco histórico, entretanto, convive com grandes desafios enfrentados por esses indivíduos no que tange à plena aceitação e acolhimento na sociedade. Fatores de ordem educacional, bem como estrutural, caracterizam o dilema dos deficientes no Brasil hodierno.    É importante pontuar, de início, a influência escolar no desenvolvimento social das pessoas. À guisa do sociólogo Max Weber, as escolas são as instituições responsáveis pelas primeiras socializações dos indivíduos, sendo, assim, fundamentais para sua inclusão. Porém, segundo pesquisas governamentais do site Pessoa com Deficiência, cerca de 60% desses cidadãos não apresentam nenhum grau de instrução, não tendo frequentado o meio estudantil. Essa realidade dificulta a inserção dos deficientes na sociedade, fomentando a marginalização destes.     Outrossim, tem-se os impasses no que se refere à acessibilidade das pessoas com deficiência nas ruas brasileiras. Em decorrência de um rápido processo de urbanização, as cidades do país são marcadas pelas irregularidades das calçadas e pela ausência de estruturas adaptadas aos deficientes. Esse quadro caótico no meio urbano representa um dos principais desafios desses indivíduos na sua inclusão social. Nesse sentido, de acordo com pesquisa recente do site Folha da UOL, a questão da acessibilidade foi apontada como o maior problema em relação a pessoas com deficiência em grandes empresas.    É notória, portanto, a relevância de fatores educacionais e estruturais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe ao meio estudantil, em consonância com ONGs da área, estimular a escolarização das pessoas com deficiência. A ideia da medida é, a partir da capacitação de profissionais e adaptações das escolas, além de campanhas nas ruas sobre o tema, proporcionar a esses indivíduos uma maior inclusão na sociedade, dada a importância dessa instituição nesse processo. Ademais, os governos municipais, com o auxílio estatal, devem promover reformas urbanas, visando uma maior inserção dos deficientes na dinâmica das cidades. Esse projeto pode contar com a regularização de calçadas e construção de rampas para esses indivíduos para que o meio urbano se torne um espaço de todos. Somente assim, será possível a plena inclusão das pessoas com necessidades especiais na sociedade brasileira.