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Enviada em: 09/10/2017

Segundo o filósofo austríaco Zewig,o Brasil é o país do futuro.Entretanto,quando se observa a inclusão e o amparo de portadores de necessidades especiais,majoritariamente crianças,é perceptível que a profecia não saiu da teoria.Diante disso,tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados,hoje,no que se refere à questão das pessoas consideradas "especiais",principalmente em relação ao preconceito e a falta de assistência especializada,os quais dificultam a integração.    Em uma grande parcela das vezes,o amparo aos deficientes de tenra idade é dificultado pela intolerância,característica do crime de ódio,como,por exemplo,a não aceitação ou prestação de serviços ao deficiente.Assim,várias empresas estão ferindo o quarto artigo da Constituição brasileira,o qual apregoa a não distinção.Desse modo,o preconceito que enraíza-se em um indivíduo,seja pela ignorância,seja pela falta de empatia,omite vários direitos dos portadores de necessidades especiais,como o direito à vida,à liberdade de expressão e à cidadania.Nesse sentido,não seguem em consonância com o pensamento aristotélico,o qual preza medidas iguais para os iguais e medidas desiguais para os desiguais,na medida de sua desigualdade,o qual serviu de inspiração para a Constituição de 1988.    No Brasil,na maioria das vezes,a deficiência está na forma em que os serviços são prestados e,principalmente,na falta de assistência especializada aos autistas,que tendem a apresentarem posturas isolacionistas,aos deficientes físicos,que precisam de rampas para obterem acesso aos meios escolares,às pessoas com síndrome de Down,as quais não possuem uma boa formação de sua mentalidade,e aos hiperativos,os quais são inquietos.Desse modo,o Estado já tenta reverter tal situação através da criação do Estatuto do Deficiente e da contratação de cuidadores para os colégios.Contudo,tais conquistas não são de conhecimento de uma grande parcela da população,além de não alcançarem a grande maioria.    Em suma,mesmo que o país tenha avançado nas formas de amparo aos "cidadãos especiais",ainda encontra-se em situação precária.Logo,o Ministério da Educação deve impor momentos de discussão sobre o assunto,podendo retratá-lo na redação do Enem,visando a ampla disseminação de um novo olhar para com esses cidadãos,diminuindo preconceitos.Ainda é viável que a população organize passeatas que pressionem o Governo Federal com intuito de que as formas de assistência especializada cheguem a todo o país,já que é uma maneira eficiente de conseguir a autonomia dessas pessoas.