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Enviada em: 26/10/2017

Segundo Noam Chomsky, filósofo norte-americano, os Estados não são agentes morais, as pessoas são. Dessa maneira, as barreiras sociais dificultam a inclusão dos portadores de necessidades especiais. Ademais, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, criado em 2015, tem como objetivo realizar a incorporação dessas pessoas na sociedade. Desse modo, é imprescindível discorrer sobre a inserção dos especiais nos seguintes ambientes: educacional e cotidiano.         Em primeira análise, a porcentagem de deficientes nas instituições de ensino é baixa. De acordo com uma pesquisa publicada pelo Governo no site  "Pessoa com Deficiência", cerca de 61% desta porção social não tem instrução ou não possui o ensino fundamental completo. Tal fato é preocupante, visto que todos tem direito à educação, porém, diante à realidade, esse direito é negligenciado aos portadores. Além disso, apenas 7% possuem ensino superior completo, o que enfatiza a exclusão dessas pessoas na escolas e universidades. Dessa forma, é possível inferir que tal evasão se deve à falta de acessibilidade, que reflete também em toda a vida do indivíduo.      Nessa perspectiva, a acessibilidade é o principal impasse no cotidiano dos portadores de necessidades especiais. Em virtude das dificuldades enfrentadas em diversas áreas no dia a dia, muitos não conseguem obter empregos ou até se locomover pela cidade, como no caso de plataformas desniveladas em relação ao trem. Por sua vez, aqueles que conseguem trabalhar, além de sofrer com a infraestrutura irregular para suas limitações físicas, sofrem também com o preconceito. Para tanto, temos a pesquisa realizada pelo site Vagas.com, a qual concluiu que quatro em cada dez pessoas com deficiência sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho.          À luz do exposto, a inclusão desses indivíduos se mostra urgente. Nessa direção, o Ministério de Justiça deve fiscalizar o cumprimento das normas previstas no Estatuto da Pessoa com Deficiência através de campanhas e de multas aos negligentes, afim de garantir o acesso aos direitos decretados por lei e promover uma maior acessibilidade em todos os âmbitos da vida deste corpo social, facilitando a inserção dessas pessoas nos ambientes em que desejam estar. Por sua vez, a família de ensinar aos seus componentes a importância do respeito as diferenças, no intuito de eliminar qualquer discriminação aos especiais, já que a sociedade é heterogênea e todos são iguais perante a lei de Deus e dos homens.