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Enviada em: 13/10/2017

Exercício Plural      Em âmbito histórico, o ideal de uma raça humana padronizada de acordo com as características alemãs, foi uma das predileções nazistas na Segunda Guerra Mundial. Entretanto, as civilizações humanas são plurais física e psicologicamente, e essa diversidade deve ser respeitada a todo instante. Nesse ínterim, entra em questão social as alternativas de inclusão dos deficientes físicos no país, pois suas diferenças os tornam alheios a uma vida digna e impedem o reconhecimento de suas capacidades - seja pela mentalidade arcaica da população, seja pela não efetividade da Lei Brasileira de Inclusão (LBI).     A cultura do Brasil, baseada em feições conservadoras, faz com que as deficiências das pessoas sejam vistas de forma anormal, como ocorria antigamente. Nesse viés, o livro O Filho Eterno, de Cristóvão Tezza, faz alusão a esse comportamento social, uma vez que o personagem é pai de uma criança com síndrome de down, e tenta achar meios de estimular o filho para que se pareça "normal" - protagonizando o papel repressor da sociedade. Dessa maneira, a preconização dos indivíduos deficientes impede sua inserção igualitária dentre o convívio social.     Em adição aos fatos, os portadores de doenças físicas permanentes necessitam se locomover, estudar e usufruir dos bens públicos tal como todo cidadão. Nesse pensamento, a LBI requer do meio urbano passeios e ruas adequadas, cotas universitárias para pessoas deficiência e prédios dispostos de banheiros e elevadores especiais - sem, contudo, se valer de uma fiscalização adequada e de consultas populares com o intuito de classificar a prestação de serviços. Assim, o cumprimento da inclusão social pauta-se apenas no âmbito legal e sem eficácia prática e reguladora.     Infere-se, portanto, que a contemporaneidade requer uma evolução nos valores dos cidadãos e respeito às diferenças. Visando alterar os impasses na mentalidade nacional, o Ministério da Educação pode promover disciplinas obrigatórias de ética e convívio sociocultural no ensino infantil, para que as próximas gerações cresçam sem serem corrompidas pelo preconceito. Ademais, os Governos Estaduais poderiam realizar consultas populares em todos os municípios sobre os serviços de inclusão dos decifientes, fazendo com que a própria população fiscalize e avalie os mesmos. Mediante essas alterações, a integridade de todos poderia ser mantida, sem haver a valorização de uma raça ou tipo social, e sim, o culto e o exercício da pluralidade.