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Enviada em: 18/10/2017

O cientista Stephen Hawking vive com uma doença motoneuronial e por causa disso precisa se locomover com cadeira de rodas e falar por meio de um computador controlado por seus músculos faciais. Mesmo assim, o físico concluiu seu doutorado, ministra palestras e continua sendo produtivo em seu trabalho. Ele é o mais célebre exemplo do enorme potencial que o mundo perde ao não incluir a pessoa com deficiência. Para isso, é preciso romper com as barreiras sociais e estruturais. Quando Aristóteles afirma para tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual na exata  proporção de suas desigualdades, corrobora a ideia de que para haver o pleno convívio social deve haver alguns ajustes. Dessa forma, a sociedade, individualista e insensível ao problema alheio vê a deficiência antes mesmo de ver a pessoa e, a partir desse contato e de modo preconceituoso, traça um juízo de valor depreciativo considerando-a incapaz para exercer qualquer atividade. Assim, até mesmo a lei torna-se limitada ao tentar tratar todos de forma igual, quando na verdade, é preciso observar que nem todas as pessoas estão em "pé de igualdade" e que legalidade é bem diferente do conceito Aristotélico de justiça.  Nesse contexto, vale salientar que a estrutura física das cidades torna-se um grande labirinto para o deficiente trafegar. Embora as regras de acessibilidade estejam padronizadas pela norma ABNT, há muitas irregularidades na construção de rampas íngremes, na largura de portas de locais públicos e na falta de piso tátil pelas cidades. O agravante principal se dá em decorrência da falta de escolas inclusivas e, por causa disso apenas 7% dos deficientes conseguem concluir o ensino superior e devido a isso o ingresso no mercado de trabalho também é prejudicado. Na Química o catalisador é usado para aumentar a velocidade de reação. Logo, apesar de haver lei que vise a inclusão da pessoa com deficiência, é preciso que haja o catalisador social do "cumpra-se" da justiça para que eles possam participar ativamente da sociedade, já que essa é uma necessidade inerente ao ser humano. Portanto, é fundamental o rompimento dessas barreiras para que todos tenham espaço no corpo social. Para isso, o Governo Federal deve,em parceria com os municípios viabilizar a estrutura física das cidades bem como a conformação de locais públicos, principalmente escolas, para que a pessoa com deficiência tenha oportunidade de estudar e de trabalhar. A mídia pode atuar, incluindo em sua grade programas que tratem da realidade dos deficientes para que esse assunto possa ser debatido e os tabus, quebrados. Além disso, a escola pode abordar esses temas por meio de palestras ou teatros, alertando os alunos acerca do preconceito e da real condição de cada deficiência. Isso deve ser feito para que haja um entendimento melhor e a inclusão de fato de todos os cidadãos na vida do país.