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Enviada em: 20/10/2017

Educar para respeitar.       O direito de ir e vir dos brasileiros, garantido pela constituição de 1988, pouco pode ser vivenciado por aqueles que possuem algum tipo de deficiência. A forma como estão estruturadas as cidades, dificulta a circulação de todos, mas principalmente de cegos e cadeirantes. Somado a isso, o preconceito para com esta parcela da população prejudica ainda mais sua inclusão social. Tais fatos podem estar diretamente vinculados à baixa qualidade da educação.       O crescimento urbano rápido e desordenado, principalmente durante o processo de industrialização, impossibilitou a construção planejada das cidades. Como consequência, os brasileiros são obrigados a convier com calçamentos pouco espaçados e muitas vezes repletos de buracos. Convém ressaltar ainda que, quando existentes, os recursos inclusivos como rampas de acesso e estacionamentos privativos são constantemente desrespeitados por grande parte da população, tal fenômenos por estar relacionado à educação defasada do país.       Outrossim, ainda que os deficientes encarem os problemas de mobilidade, os mesmos passam a enfrentar um desafio ainda maior: o preconceito. Em muitas situações, como na procura por emprego, portadores de necessidades especiais passam por diversos constrangimentos. Não são raros os casos de empresários que associam deficiências físicas com barreiras intelectuais. Por isso, mesmo que o governo exija a contratação de portadores de necessidades especiais, muitas empresas acabam descumprindo. Tais atitudes revelam, ainda mais, a ignorância da população.       Infere-se, portanto, que tanto a mobilidade social quanto ao modo como estão sendo educadas as crianças devem ser revistos. De forma imediata, o poder público não só deve garantir que os recursos para melhora da mobilidade estejam sendo corretamente aplicados, como também deve atuar junto à policia militar para coibir atitudes que prejudicam tanto a mobilidade quanto a dignidade dos deficientes. Ademais, para garantir um melhor convívio no futuro, as instituições de ensino, devem através da inclusão, prezar o respeito e ensinar sobre as diferentes deficiências e suas necessidades. Somente através da educação, as futuras gerações prezarão o respeito das diferenças.