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Enviada em: 21/10/2017

Na história do mundo, é comum casos de preconceito com deficientes, como, por exemplo, na Roma Antiga, onde pessoas portadoras de anomalias eram perseguidas e sacrificadas, independente da classe social. Embora date de séculos passados, a falta de inclusão social de pessoas com necessidades especiais ainda é um problema no mundo contemporâneo. Nesse contexto, deve-se analisar como o poder público e a comunidade causam tal problema e como combatê-lo.         O poder público é o principal responsável pela restrição de deficientes na sociedade. No Brasil, por exemplo, as calçadas não têm a estrutura necessária para atender as necessidades de cidadãos portadores de deficiência, como rampas e adesivos táteis para sinalização. Ademais, observa-se também, que muitas escolas não possuem suporte para atender essas pessoas, pois carecem de tradutores para deficientes auditivos e material didático especializado. Por conseguinte, é crescente o número de casos de evasão escolar, segundo o senso brasileiro de 2010, mais de 60% dos estudantes com necessidades especiais não têm o ensino fundamental completo.         Além disso, nota-se, ainda, que a comunidade também contribui para excluir os deficientes do corpo social. Isso porque, segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, o individualismo é a principal característica da pós-modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a não tolerar diferenças. Tal impasse colabora para que indivíduos fora do padrão, como os portadores de deficiência, sejam vítimas de preconceito e segregação. Como exemplo disso, pode-se citar a ocorrência de bullying com deficientes auditivos nas escolas.         Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para melhorar a inclusão de deficientes na sociedade. Em razão disso, os gestores municipais e estaduais devem investir recursos na manutenção de calçadas, ruas e estabelecimentos, criando rampas, tapando buracos e fiscalizando comércios. Ademais, também podem destinar verba, advinda dos pagamentos de impostos, para as escolas, que deverá ser usada para contratar profissionais qualificados e adaptar a estrutura do local. Por fim, a escola, em parceria com a família, deve promover debates com pais e filhos, com o fito de informar acerca da importância de aceitar as diferenças, e, desse modo, mitigar o maior problema da pós-modernidade, de acordo com Zygmunt Bauman: o individualismo.