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Enviada em: 20/10/2017

Anterior ao século XX, os portadores de necessidades especiais eram impedidos de frequentar às escolas, ao longo dos anos conquistaram esse direito, entretanto, deveriam se adaptar às condições escolares oferecidas. Já no século XXI, passou a ser obrigatória a adaptação do sistema educacional às necessidades dos alunos, além da inclusão dessa parcela da sociedade na esfera social. Contudo, a realidade brasileira segue linhas divergentes quanto ao processo da democratização da inclusão, desde o processo de formação do indivíduo, ainda no âmbito escolar.       Vale ressaltar que, seguindo o pensamento do escritor Fernando Sabino, no qual a democracia é relacionada à ideia de oportunizar a todos o mesmo ponto de partida, o Brasil apresenta um viés antidemocrático. Decerto, a falta de inclusão dos portadores de necessidades especiais, desde os primeiros anos escolares, na qual há deficitário preparo físico das escolas e dos professores, realçam as marcas de exclusão presentes na sociedade. Assim, com essas limitações, há diminuição da frequência desses alunos nas escolas, o que deixa à margem as posteriores chances de inserção no mercado de trabalho.    Ademais, de acordo com o princípio da isonomia, garantido pela Constituição Federal, todos possuem, entre tantos outros, o direito ao trabalho. Entretanto, é notória a resistência quanto à contratação, por parte das empresas, de portadores de necessidades especiais, por prejulgamentos errôneos acerca de limitações cognitivas e baixo rendimento laboral. Destarte, além da deficiência das instituições escolares, a falta de oportunidade no mercado de trabalho potencializa a exclusão existente, o que acarreta na posterior marginalização social desses indivíduos.       Fica claro, portanto, que a inclusão dos portadores de necessidades especiais é uma das grandes questões sociais brasileira. Uma forma eficaz é a maior participação do Governo Federal por meio de fiscalizações rigorosas nas empresas públicas e privadas, com o intuito de verificar o cumprimento da lei de cotas destinada a esses indivíduos. Somado a isso, há necessidade do fornecimento de materiais ou instrumentos que facilitem a vida dessa parcela da sociedade nas escolas, como uma estrutura física adequada, além de cursos de profissionalização para os professores. Outrossim, a população deve respeitar os direitos desses cidadãos, através da conduta diária, além de cobrar ações efetivas das autoridades.