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Enviada em: 24/10/2017

Durante o regime Nazista era comum a prática da eugenia, que consistia na seleção de indivíduos com as características ideais estabelecidas, promovendo um aniquilamento de pessoas deficientes ou até mesmo diferentes. Hodiernamente, apesar de inúmeros avanços para garantir a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, essas ainda enfrentam inúmeros problemas de ordens variadas e, para isso causas políticas, educacionais corroboram os entraves de matrizes diversas pelo qual passam indivíduos especiais.   Em primeira instância, é imprescindível ressaltar os avanços jurídicos que contribuíram na promoção de direitos para esse segmento social, contudo esses ainda são incipientes e pouco práticos. O Estatuto da Pessoa com Deficiência implementado no ano de 2015 promoveu um grande avanço na luta pela inclusão, garantindo, dentre outros direitos, plena acessibilidade a cidade e instituições públicas, além de adotar o princípio da isonomia- tratar os desiguais com desigualdade. Porém, como postulo o filósofo Karl Marx a teoria deve ser acompanha da práxis ( prática ), pois sem essa se torna apenas um idealismo ou ativismo político, que configuram atos deletérios para ele. Percebe-se, dessa forma, a necessidade transcender os direitos tipificados e transformá-los em ações efetivas, pois as barreiras físicas, tecnológicas e sociais enfrentadas pelos deficientes requerem medidas concretas.   Além do aspecto jurídico, a educação, mecanismo que deveria incluir e formar, é frequentemente, utilizado como forma de segregar e excluir as pessoas portadoras de deficiência. Isso se dá devido a pouca infraestrutura material e pedagógica de acompanhamento e auxílio para os indivíduos que necessitam, ocorrendo, em algumas ocasiões a cobrança de taxas adicionais para a execução de serviços de assistência a esses segmentos, configurando uma incoerência da instituição pública em cobrar por algo que deveria ser cumprido normalmente. Ademais, essa postura adotada pelas escolas vai de encontro ao que o antropólogo Darcy Ribeiro disse " A crise de educação no Brasil não é uma crise; é um projeto", evidenciando que o despreparo para abarcar as demandas dos especiais possuem alicerces na falta de preocupação,  no desenvolvimento dos cidadãos, sobretudo os deficientes.   Percebe-se que a falta de inclusão das pessoas especiais encontra raízes em áreas fundamentais no desenvolvimento social, portanto, urge a necessidade da ação do poder público para a mitigação dessa problemática. É dever do Ministério da Educação aumentar o número de profissionais orientados a atender os especiais, por meio de concursos públicos, e instituir, detalhadamente, o ensino de simbologia de acessibilidade, para que todos possam conhecer e fazer parte desse universo e, dessa forma, incluir gradativamente pessoas que outrora foram massacradas pela ignorância humana.