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Enviada em: 22/10/2017

De acordo com dados do IBGE, cerca de 24% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Estamos lidando com 45 milhões de pessoas nessas condições, é indiscutível que o Brasil não está atendendo corretamente a necessidade desses cidadãos, isso não só dificulta a vida educacional, como também, aumenta consideravelmente a segregação social já vivida por eles.       Em consequência disso, nota-se o pouco envolvimento desses indivíduos no mercado de trabalho. Segundo informações do site da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, apenas 7% desse grupo concluíram o ensino superior. Esse índice encontra-se tão baixo, devido a dificuldade de locomoção desses jovens até as instituições de ensino. Ruas e calçadas tomadas de buracos, muitas vezes sem rampas ou mesmo corrimão, escadas enormes que dificultam o acesso a uma estação ferroviária por exemplo, transportes públicos sem capacidade de dar assistência a esse portador de necessidades, e comumente mesmo existindo a rampa, não existe o piso aderente, o que pode gerar muitos acidentes em um dia de chuva.       Toda essa falta de estrutura impede as relações sociais e exclui mais ainda essa parcela da sociedade. Em muitos países deficiências são encaradas como algo vergonhoso, como uma maldição ou até mesmo uma punição de Deus. É comum pessoas esconderem familiares com deficiência em casa, impedindo-os de ter uma vida em coletividade.Estas noções geram uma série de problemas. O primeiro é o impacto do preconceito na formação da personalidade de pessoas com deficiência, no qual a ideia de incapacidade (ou maldição) é internalizada pela pessoa, que passa a ter esse sentimento de inferioridade e, consequentemente, estão mais suscetíveis a problemas de baixa autoestima, como depressão.      Segundo a Declaração Universal dos Direitos humanos, a dignidade humana é proclamada como valor fundamental. É essencial debater sobre políticas públicas de infraestrutura e sociais que incluam esse grupo no âmbito comunitário. Para atenuar esse problema é necessário por parte do governo, que adapte os ônibus, com rampas e profissionais treinados, que saibam se comunicar em libras, que possam ser úteis de alguma forma a essa pessoa. Além disso a prefeitura pode placas em braile sob lugares público, e também reformar calçadas com pisos aderentes. A fim de minimizar o preconceito se faz importante o apoio da mídia, com campanhas na televisão e palestras nas escolas. "Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é válida" - Paulo Autran.