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Enviada em: 23/10/2017

Na obra “Capitães da Areia”, é retrata as dificuldades e a discriminação sofrida pelo personagem “Sem Pernas”, em função da sua deficiência física. Analogamente à literatura, os brasileiros com limitações corporais deparam-se com obstáculos para garantir sua integração social, a qual será propiciada através da educação, bem como pela melhora da acessibilidade dessa parcela populacional no meio coletivo.   Antes de tudo, é válido destacar a importância da educação para a inclusão das pessoas especiais. Nesse aspecto, a convivência entre indivíduos com e sem deficiência, no âmbito estudantil, além de preparar os deficientes para a vida em sociedade – por meio do seu desenvolvimento pessoal e profissional -, faz com que os demais estudantes entendam e respeitem as diferenças, contribuindo para diminuição da segregação. Todavia, garantir a possibilidade de integração desse grupo nas escolas brasileiras é um desafio, uma vez que três em cada quatro escolas do Brasil não possuem elementos básicos de acessibilidade para pessoas com restrições físicas, conforme o Censo Escolar de 2014.   Outrossim, promover a utilização dos espaços públicos, com segurança e autonomia, é imprescindível para a inserção social dos deficientes . Por esse viés, a Lei Brasileira de Inclusão é baseada nos preceitos aristotélicos de igualdade, a fim de equiparar as condições de desequilíbrio social em que os indivíduos com limitações físicas estão inseridos. Não obstante, na aplicação, barreiras, como buracos na calçada e a falta de plataformas de acesso aos transportes públicos, determinam o desrespeito para com o direito de ir e vir, inviabilizando a busca dessas pessoas por serviços e oportunidades.   Em síntese, medidas são necessárias para melhorar a ação das formas de propiciar a inclusão dos deficientes na sociedade. Assim, cabe ao Ministério da Educação promover a acessibilidade no âmbito educacional, por meio do programa Escola Acessível, o qual adapta corrimãos, pisos táteis, material didático em Braille, entre outros, para que os benefícios do ensino sejam possibilitados às pessoas especiais. Ademais, o Ministério das Cidades deve identificar os problemas de mobilidade urbana, por meio do Plano Diretor de cada município, de modo a oferecer os recursos capazes de sanar tais impasses, permitindo a locomoção e integração social dos deficientes