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Enviada em: 29/10/2017

Para o sociólogo Betinho, um dos pilares do desenvolvimento humano é a participação. Depreende-se, diante disso, que a falta de inclusão de pessoas com deficiência é fato inaceitável que demanda alternativas para sua resolução. Isso porque a carência de acessibilidade, principal motivo do impasse, pode ferir tal princípio sociológico e impulsionar danosas exclusões aos afetados por esse contexto.   De início, convém compreender que, segundo a organização Mundial da Saúde, saúde pode ser considerada como conforto social, físico e mental. As vítimas da problemática, contudo, têm o bem viver em sociedade demasiadamente afetado, uma vez que as dificuldades enfrentadas por eles levam à exclusão. Isso é notório nos dados do Censo de 2010: 60% dos indivíduos que possuem algum tipo de deficiência mais severa não completou o ensino fundamental - fato que pode ser relacionado a obstáculos para acompanhar os colegas de classe. Logo, percebe-se a necessidade de mudança, porquanto tal revés acarreta prejuízos para a saúde social de inúmeros indivíduos.    Nesse sentido, nota-se que a falta de estrutura proporciona tal ausência de oportunidades. Isso ocorre em virtude de serem necessários complexos para a efetiva inserção na sociedade, o que é visível no caso das escolas: urgência em ter professores capacitados para dar devida atenção às pessoas com necessidades especiais. No Brasil, entretanto, é evidente não só a escassez desses profissionais, mas também a inexistência de sistemas de apoio em ambientes públicos, como rampas acessíveis e calçadas sem buracos. Não é à toa, por conseguinte, que a acessibilidade seja o maior empecilho para tais cidadãos, de acordo com o Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Assim sendo, seja por políticas de inclusão ou por construção de boas estruturas de apoio, a problemática deve ser combatida, a fim de que todos tenham a mesma chance de ter uma vida socialmente incluída.     Esse panorama, portanto, advém de questões de acessibilidade e proporciona malefícios. Como opção para solucionar o contratempo, cabe aos municípios, por meio de reserva de impostos para tal ato, dar início a melhorias no que se refere a estruturações nas cidades - de maneira a construir boas formas de locomoção. Acresce, ainda, ao Ministério da Educação a competência de criar de um curso para a qualificação de professores - de modo a ensina-los a atender os estudantes com necessidades especiais. Feito isso, por meio de propagandas midiáticas ou pela visita domiciliar de agentes do Estado, o mesmo Ministério deve influenciar a integração desses indivíduos em ambientes educativos, o que aumentaria as chances de inclusão social para todos os anos seguintes, como a entrada no mercado de trabalho. Destarte, de forma a seguir louváveis fundamentos de Betinho, a participação de todos os cidadãos na sociedade não mais será um grande problema para o crescimento nacional.