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Enviada em: 29/10/2017

Igualdade      A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico nacional - assegura que todos os cidadãos são iguais perante a lei, e os direitos à vida, à liberdade e à igualdade são invioláveis. Entretanto, uma parcela da população brasileira, a de pessoas com alguma deficiência, sofre com o descaso diário que, devido a falta de políticas públicas e iniciativas da esfera privada forma um abismo entre a acessibilidade e os portadores de necessidades especiais.     Em primeiro plano, a relação entre os deficientes e a sociedade variou ao longo da história da humanidade, e cada cultura tinha sua forma de interação. Nesse sentido, é costume de algumas etnias indígenas brasileiras, tirar a vida de um portador de deficiência, seja ela física ou mental, como forma de amor. Contudo, esse gesto não é aceito perante a maior parte da sociedade, porém, quando esta estigmatiza e entende a deficiência como um problema, transforma o portador em incapaz, e também o priva do convívio em comunidade.     Além disso, nos estados e municípios brasileiros existem poucas políticas efetivas que viabilizem a integração entre mobilidade urbana, cultura, lazer, saúde e educação que almejem o mesmo objetivo: garantir os direitos dos portadores de necessidades especiais. A esse respeito, o governo brasileiro dispõe do Instituto Benjamin Constant, uma escola que através de máquinas que "leem" os livros e professores especializados promove a educação para deficientes visuais. Todavia, esse modelo de educação não é de fato inclusivo, visto que segrega os portadores especiais da convivência e aprendizado com as pessoas sem deficiência.       Diante desse quadro, pode - se perceber que no país as políticas de inclusão social dos portadores de deficiência são poucas ou falhas. Portanto, para minimizá - lo, é preciso que a mídia crie uma obra de ficção engajada cuja a temática dos deficientes e os dramas diários que essa população sofre sejam abordados, a fim de mostrar para a sociedade que os portadores de necessidades especias não são aberrações e nem seres incapazes e para que, através de um debate, os possíveis preconceitos possam ser desconstruídos, para que o Estado Democrático de Direito de fato se mantenha.