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Enviada em: 31/10/2017

A legislação brasileira define deficiência como completa perda ou anormalidade de alguma estrutura ou função, seja ela física, psicológica ou anatômica, capaz de gerar incapacidade na realização de atividades, dentro do padrão considerado normal para o homem. No Brasil, pessoas portadoras de necessidades especiais deparam-se diariamente com a falta de acesso e o despreparo da população diante das privações. Nesse sentido, medidas urgentes devem ser tomadas, a fim de que o problema seja solucionado.     Segundo pesquisa realizada pelo Jornal Folha de São Paulo, a falta de acessibilidade representa 48,90% dos fatores que impedem a contratação de pessoas com deficiência. Diante disso, constata-se que a dificuldade de acesso é o maior empecilho na inclusão de indivíduos com algum tipo de déficit. Mesmo com leis que revogam a inserção desse grupo, muitas escolas e empresas não possuem rampas, corrimãos, pisos com faixas diferenciadas ou avisos acompanhados por sons, o que ocasiona insegurança nos portadores de necessidades em relação à adaptação em diversos ambientes, por conseguinte, privam-se de muitas oportunidades que fariam a diferença em suas vidas.       Ademais, o despreparo da comunidade diante das limitações do outro é mais um motivo para a não integração de todos. Devido ao fato de o deficiente necessitar de um atendimento individualizado e prioritário torna-se escasso o número de profissionais qualificados dispostos a ajudar, somando-se ao fator de que a sociedade classifica como limitadas as atividades daqueles que possuem necessidades especiais. Por isso, encontra-se poucas pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho, consequência da pequena quantidade de indivíduos que concluíram o ensino superior, que, de acordo com pesquisa realizada pelo Censo 2010, representa apenas 7% da população brasileira.        Evidencia-se, diante disso, que a sociedade ainda não está apta para incluir da forma que todos merecem. Portanto, cabe ao sistema educacional e o mercado de trabalho adaptar-se às características de cada um, com a utilização da tecnologia, criando aplicativos de fácil acesso que visam à oportunidade do uso do transporte coletivo, leitura de livros em braile, acesso à lugares visitados por outros deficientes, com o intuito de proporcionar a inclusão total de todas as diferenças. Apenas assim e com a mudança de mentalidade da sociedade, será possível um país que se importa com as necessidades de todos.