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Enviada em: 31/10/2017

O direito de ir e vir dos brasileiros, garantido pela constituição de 1988, pouco pode ser vivenciada por aqueles que possuem algum tipo de deficiência. A forma como foram estruturadas as cidades, dificulta a circulação de todos, mas principalmente de cegos e cadeirantes. Além disso, o preconceito para com esta parcela da população intensifica a segregação sofrida. Ambos os fatos estão diretamente relacionadas com a defasada educação dos brasileiros.         Durante a industrialização brasileira, ocorreu rápido e desordenado crescimento urbano, fato que impossibilitou a construção planejada das cidades. Como consequência, os brasileiros passaram a ser obrigados a conviverem com calçamentos pouco espaçados e repletos de buracos. Convém ressaltar ainda que, quando existentes, recursos de inclusões como rampas de acesso e estacionamentos privativos são comumente desrespeitados por significativa parte da população.         Outrossim, ainda que os deficientes encarem os problemas de mobilidade, os mesmos tem de enfrentar um desafio ainda maior: o preconceito. Não são poucas as situações, como na procura de emprego, em que portadores de necessidades especias passam por situações constrangedoras. Em alguns casos, erroneamente, empresários relacionam as dificuldades físicas com barreiras intelectuais. Por isso, mesmo que haja exigência do governo para contração de deficientes, muitas empresas acabam por descumpri-las. Torna-se evidente, portanto, que são necessárias mudanças tanto na mobilidade, quanto no modo como estão sendo educadas as crianças.        De forma imediata, o pode público não só deve garantir que os recursos destinados a inclusão social estejam sendo corretamente investidos, como também deve atuar junto a polícia militar para coibir a depredação ou a obstrução dos recursos inclusivos. Ademais, para um resultado efetivo, as instituições de ensino não apenas devem incentivar a inclusão, como ainda ensinar sobre as diferentes deficiências e suas necessidades. Somente através da educação as futuras gerações prezarão o respeito às diferenças.