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Enviada em: 03/04/2017

O Brasil, nos últimos anos, tem ocupado péssimas colocações em rankings mundiais de educação, ocupando posições próximas a países bem menos desenvolvidos. Tal fato revela que algo necessita ser mudado urgentemente. Em um mundo totalmente conectado, no qual as crianças desde muito cedo já utilizam tablets e smartphones, como haver interesse para aulas com um modelo de ensino monótono e centralizado no professor?       O mundo mudou, as crianças mudaram, porém o modelo de ensino nas escolas brasileiras ainda segue um padrão do século XX. Especialistas afirmam que a melhor forma de aprender é discutindo, ensinando e realizando atividades práticas. Por isso, as metodologias ativas de aprendizagem são um excelente ferramenta, um modelo no qual o aluno é o protagonista do seu aprendizado e o professor é um tutor que o guia para o alcance do principal objetivo: reter e saber aplicar o conhecimento adquirido.      Apesar de serem excelentes modelos educacionais, essas metodologias exigem uma infraestrutura diferenciada para serem aplicadas. Salas de aula com poucos alunos, mesas redondas para discussão, bibliotecas e laboratórios bem equipados são essenciais para a eficácia do método. Em um país onde há superlotação de salas, professores mal remunerados e pouco capacitados para novos paradigmas educacionais, além de escolas mal paramentadas e com prédios precários, fica praticamente impossível implantar um modelo inovador, semelhante ao de países como a Suécia.       É fundamental, portanto, que o Ministério da Educação invista na busca por modelos inovadores de sucesso em outros países, adaptando-os à realidade brasileira, além de ampliar o repasse de verbas para a melhoria infraestrutural das escolas, com reformas, aquisição de equipamentos de informática e de laboratórios. Esse ministério poderia, também, apresentar um plano de carreira digno e unificado para todo o Brasil, a fim de atrair e manter os profissionais mais qualificados para serem professores.