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Enviada em: 24/03/2017

Em ranking internacional realizado em 2016, o Brasil foi classificado como um dos dez países com mais baixo rendimento escolar. É notório que as escolas brasileiras, sobretudo as públicas, possuem diversas falhas que comprometem todo o sistema educacional, porém existem fatores externos como: a família, a desigualdade social e o senso comum, que possuem importante papel nesse cenário. É preciso compreender que o problema da educação no Brasil não está apenas nas escolas.     Primeiramente, o descaso de alguns pais para com a aprendizagem da criança a impede de ter um melhor aproveitamento do ensino escolar. Pesquisas apontam que ajudar os filhos a realizar exercícios de casa, trabalhos ou leituras aumentam as notas em cerca de 30%. Dessa forma, é possível perceber a importância da família na educação, já que tem em si o poder de estimular e aprimorar o estudo dos alunos e nem sempre o faz.      Ademais, a desigualdade social é outro fator que tem forte influência no sistema educacional do país. É fato que as camadas mais pobres da sociedade brasileira não têm acesso a escolas de qualidade ou que, no mínimo, possuem estrutura capaz de proporcionar aprendizado. Assim, torna-se primordial, antes de desejar inovar as escolas que já existem, garantir, pelo menos, o básico de educação para as camadas mais humildes, a fim de que o ensino deixe de ficar concentrado em apenas uma parcela da população e torne-se mais uniforme.      E, por fim, a grande maioria da sociedade ainda carrega a noção de que o estudo não pode ser associado a diversão e prazer. Em conversas do cotidiano, filmes e novelas, o ato de estudar é majoritariamente tido como um sacrifício ou um castigo. Diante disso, tal pensamento errôneo e muito difundido sobre o esforço para obter conhecimento desestimula crianças e adolescentes em relação à aprendizagem.      Entende-se, portanto, que, para melhorar a educação brasileira, aprimorar somente as escolas não é suficiente. É essencial que os pais posicionem-se acerca do estudo dos filhos, ajudando-os e fazendo-os perceber a importância do conhecimento. Além disso, escolas privadas e públicas de qualidade podem facilitar o ingresso de alunos de baixa renda, oferecendo mais vagas para esses. Por último, o governo federal e as universidades, em conjunto, podem organizar mais feiras do conhecimento, associando esse à diversão. Dessa forma, talvez, o Brasil deixe de ser um dos dez piores países em ensino no mundo.