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Enviada em: 27/03/2017

É válido pontuar de início que a Revolução Francesa ocorrida no século XVIII teve um papel imperioso no que concerne a democratização da educação, principalmente tendo como uma de suas vertentes a educação como forma de reduzir a desigualdade. Conquanto tenham sido obtidos avanços no que se refere à universalização da educação, o ensino educacional brasileiro apresenta carências do norte ao sul do país. A falta de investimentos por parte do poder público e falta de valorização dos profissionais da educação tornam-se um dos principais impasses na atenuação da questão.                     Os dados divulgados do exame PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, realizado em 2015 reafirmaram a necessidade de direcionar mais investimentos para o campo educacional. Dentre as áreas avaliadas, como, leitura, ciências e matemática, o Brasil ocupou as últimas colocações entre as 72 nações que participaram do exame. Vale ressaltar que os países que ocuparam as primeiras colocações, estão inseridos em um sólido contexto de valorização do professor, além de maciços investimentos tecnológicos na área.                     A frase célebre de Pitágoras - ''Educai as crianças e não será preciso punir os adultos'' deixa nítida a importância da educação na formação de cidadãos do bem. O incentivo e participação da família já nos primeiros anos da alfabetização são um dos fatores primordiais para que as crianças passem a interessar-se pelos estudos desde cedo. Entretanto, a falta de estrutura nas escolas acaba sendo um fator desestimulante para os estudantes. Segundo uma pesquisa do Movimento Todos Pela Educação, a cada 20 escolas públicas de ensino fundamental no país, somente uma possui estrutura que ofereça condições mínimas para estudo.                 É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir um sistema educacional de qualidade no Brasil, principalmente na rede pública. Desse modo, o Estado deve ampliar os investimentos no campo educacional mediante as deficiências de cada região do Brasil. Para esse fim, são necessários esforços políticos de cada unidade da federação, com o intuito de reformar e ampliar escolas, além de oferecer condições básicas para que essas funcionem. São de responsabilidade estatal o aumento do número de cursos de aperfeiçoamento e a melhoria na remuneração e nas condições de trabalho para os profissionais da educação, a fim de que se sintam valorizados. A iniciativa privada deve atuar no apadrinhamento de escolas, auxiliando na criação e manutenção de bibliotecas e espaços que ofereçam recursos tecnológicos, recebendo em contrapartida do Estado incentivos fiscais.