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Enviada em: 02/04/2017

Ensino no Brasil: suficiente ou obsoleto?   Os avanços tecnológicos, juntamente com o das interações sociais, promoveram mudanças significativas no âmbito da educação. Em meados do século XX, o ensino no Brasil era feito de maneira vertical, sendo o conhecimento transmitido apenas do professor para o aluno, com pouca interação. No entanto, diante do processo da globalização e das mudanças de paradigmas da sociedade, o sistema educacional deve ser repensado e recriado. A partir desse contexto, apesar da contemporaneidade permitir diversas alternativas ao aprimoramento da educação, o ensino enfrenta dificuldades tanto na formação de profissionais quanto no próprio método.   Primeiramente, vale ressaltar a relação entre professores, tecnologia e seus empecilhos. Muitos professores, sendo orientadores que conduzem o ensino, não possuem capacitação para integrar a tecnologia às suas aulas. Segundo estudo feito pela UNESP, o uso de ferramentas tecnológicas no aprendizado aumenta em 32% o rendimento de alunos. Apesar dos benefícios dessas ferramentas, profissionais da educação, em grande parte, não foram preparados em sua graduação para inserir no método de ensino, de maneira eficaz, tais avanços. Dessa forma, cria-se uma lacuna a ser preenchida para que o sistema educacional não se torne obsoleto e possa evoluir, conforme o mundo exige.   Um outro aspecto a ser enfatizado é modelo educacional ainda arcaico em muitas escolas. Paulo Freire já dizia que o sistema de ensino para ser mais eficiente deve ser horizontal. Ou seja, a interação professor e aluno é maior quando a hierarquia do nível de conhecimento é quebrada e todos aprendem com todos. No entanto, muitas escolas ainda seguem o modelo antigo, em que o professor é o único detentor do conhecimento, o que diminui a integração na sala de aula e limita a aprendizagem. Diante disso, a inovação das instituições de ensino se torna fundamental, na medida em que seu principal objetivo é o de formar pessoas.   Fica evidente, portanto, que a falta de preparo de profissionais da educação e o antigo método empregado em muitas instituições são “travas” para um melhor ensino. Diante disso, a reformulação da grade curricular de graduações, por parte das reitorias de universidades, incluindo matérias que ensinem a integração da tecnologia ao lecionar, capacitaria futuros professores no âmbito educacional. Além disso, a inserção de novos modelos de ensino em escolas, sendo analisados e inclusos pelo Ministério da Educação, aumentaria a integração em sala de aula e , consequentemente, a aprendizagem de todos. Assim, medidas como essas seriam o início para a melhoria da educação num Brasil que possui muitas limitações nesse setor.