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Enviada em: 23/03/2017

Na maior parte do período colonial, os escravos, por não serem considerados cidadãos brasileiros, foram impedidos de ter acesso às escolas. Muitos chegavam à vida adulta analfabetos, excluídos do direito à educação e, consequentemente, alheios à política. Desde a idade antiga, com o surgimento da política na Grécia, os que não tiveram acesso à educação eram excluídos das assembleias e não tinham poder de decisão. Hoje, séculos após a conquista que permitiu o acesso de todos à educação, o sistema educacional brasileiro ainda é muito falho e excludente.      As escolas têm um papel muito importante na construção do senso crítico dos indivíduo. Uma educação falha, na maioria das vezes, torna os alunos menos capazes de se envolver em questões políticas, além de desestimular a produção científica e tecnológica. A forma de ensino tem sido pouco atraente, resultando em alunos desmotivados. Muitos jovens não tem acesso à uma educação de qualidade, grande parte, jovens periféricos castigados pela herança escravocrata.     Embora haja escolas públicas destinadas à aqueles que não podem arcar com os custos de uma educação privada, estas contam com um orçamento limitado. Os professores não conseguem fazer uma aula dinâmica e mais atraente devido à falta de investimento e à sua formação pedagógica, por vezes, falha. Ademais, os pais têm dificuldade em participar efetivamente da vida escolar dos filhos e isto impede uma melhora do desempenho escolar.      Portanto, algumas medidas para que haja melhora do sistema educacional brasileiro devem ser tomadas. É necessário que o Ministério da Educação, junto à prefeituras e estados priorizem a melhora das condições das escolas públicas e fiscalizem-as, tornando o acesso à educação de qualidade mais includente. Além disso, os educadores, em seus cursos de licenciatura, devem se atualizar criando formas de deixar o ensino mais atrativo com o uso de ferramentas como a tecnologia e a interdisciplinaridade. Um sistema educacional bem estruturado, possibilitará a melhora de diversos âmbitos da sociedade, apesar das dificuldades no caminho para sua estruturação. Como disse o filósofo Aristóteles, "A educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces".