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Enviada em: 28/03/2017

A cidade-estado de Esparta, na Grécia Antiga, se caracterizava por sua maneira lacônica e militar de educar, em contraste, a ateniense desenvolvia áreas ligadas à arte e cultura. Desde o mundo antigo ao atual, a educação está atrelada à forma em que a sociedade se estrutura, amplia-se e evolui. Nesse contexto, o Brasil ainda necessita melhorar em variados aspectos, tendo não só o dever de adaptar o ensino ao modo de vida contemporâneo, bem como de o amenizar antigos problemas.    Um impasse, às vezes, imperceptível para alguns, é a educação fragmentada; separada em matérias que aparentam não ter nenhuma relação entre si. Esse cenário não se enquadra no mundo real, pois os conhecimentos científicos, matemáticos, sociais e linguísticos se unem para entregar o produto final, seja na construção, no desenvolvimento de um projeto ou na escrita artigos. Os alunos precisam usar do que é ensinado para compreender o mundo em que vivem e não separar os conhecimentos em caixas. Só para ilustrar, é comum na internet encontrar debates em fóruns e redes sociais sobre qual é "superior", exatas ou humanas, ignorando que, de alguma maneira, as duas são interdependentes.     Além da fragmentação, há uma dificuldade de alcance dentro das salas de aula. Os alunos não se sentem atraídos pela forma com que os assuntos lhe são apresentados, o que deixa tanto o docente como o próprio estudante desmotivado. Assim como determinou Lavoisier: "na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma," a internet mudou consideravelmente a concepção de estudar, é possível aprender através de "apps", adquirir conhecimento de maneiras distintas e mais dinâmica. Nesse contexto, o trabalho do professor é alcançar o aluno para despertar a vontade do conhecimento e estar presente caso surja dúvidas, adaptando-se "a era da rapidez".   Outro fator preocupante, e já conhecido, é a infraestrutura com que as escolas contam, principalmente, as públicas. Não se encontra laboratórios para ciências, bibliotecas e algumas escolas não possuem disponibilidade para reforço e perdem, assim, a oportunidade de tentar corrigir possíveis falhas na aprendizagem do aluno. Por consequência, o estudante não consegue desenvolver plenamente o conhecimento que deveria.    Portanto, é necessário que esses problemas sejam sanados. Para isso, é essencial que as secretarias de ensino e diretorias das escolas promovam a inserção de aulas interdisciplinares semanalmente para mostrar a importância de conhecer e desenvolver todas as matérias. O diálogo também deve fazer parte da mudança, unindo os pais, professores e alunos a fim de despertar interesses e alcançar os alunos.  Além disso, os próprios professores podem incentivar os alunos a fazer feiras científicas e troca de livros para aquelas escolas onde não há laboratórios ou bibliotecas.