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Enviada em: 01/04/2017

A fluir                   A filosofia de Parmênides que diz que não há movimento e nada está disposto à mudança. Ao contrário desse pensamento, os países desenvolvidos abraçam as novas tecnologias educacionais. No entanto, o sistema educacional brasileiro permanece imóvel. Somado a isso, a sociedade e o Estado divergem sobre as alternativas para melhorar o ensino no país. Enquanto o primeiro busca um debate sobre o tema, o segundo preza pela reforma direta.                  Em primeiro lugar, o sistema educacional brasileiro está obsoleto. As evidências disso estão nas inapetências tecnológicas empregadas em sala de aula e no modelo de ensino engessado por décadas. Ao contrário do Brasil, a Finlândia inova na didática. O país nórdico emprega a metodologia multidisciplinar que combina numa mesma aula sobre a primeira guerra mundial, as matérias de história, geografia e física. Além da inclusão dos recursos “high-tech”.                  Em segundo lugar, é essencial a participação da sociedade no cotidiano escolar. Entretanto, os estamentos sociais não são ativos no processo pedagógico, mas sim na política educacional, o que os leva em rota de colisão com as propostas do Governo Federal para a reforma da educação. Esse arranjo que viabiliza o uso do aparato tecnológico, bem como, mudanças na grade e o incentivo a especialização do docente. Em suma, um peca por não compreender a sugestão, e o outro, por força-la.               Desse modo, as alternativas para melhorar a educação no Brasil passam por um consenso entre a população e o Poder Central. Uma medida é que a reforma educacional precisa ser amplamente debatida com a ajuda das mídias televisas, através de campanhas publicitárias bancadas pelo erário. Ademais, o Estado deve financiar pesquisas na área da inovação científica, junto com as faculdades, para que os aplicativos criados sejam facilitadores do aprendizado infantil. Além disso, a comunidade brasileira precisa seguir o exemplo da Coréia do Sul. No qual, uma participação ativa no cotidiano escolar produziu inúmeros benefícios, como centros produtores de alta tecnologia. Por fim, o filósofo Heráclito fala que tudo está em movimento. Por isso, o sistema educacional deve buscar alternativas de ensino para começar a fluir.