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Enviada em: 01/04/2017

Desde a maciça expansão pós-guerra, que dura até hoje, o Governo Federal centrou seus investimentos na educação superior e, consequentemente, negligenciou a assistência aos ensinos básico e secundário. Hoje, o país se esforça para melhorar a educação pública com investimentos altos. Nesse contexto, a evasão escolar - ocorre quando o aluno deixa de frequentar as aulas - e a precariedade na estrutura física e pedagógica escolar, ainda são problemas que dificultam a melhoria da educação no Brasil.   Antes de tudo, é preciso perceber que a frequência escolar é substancial para o aluno, que aprende muito mais, e para a escola, que investe o dinheiro público ou a receita das mensalidades. A evasão escolar tem inúmeros motivos, ligados a circunstâncias diversas. Por décadas repetiu-se a sentença na qual os alunos abandonavam a escola porque precisavam trabalhar. Mas uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dados do IBGE, mostrou que cerca de 40% dos jovens tinham abandonado os estudos por falta de interesse. Além disso, condições culturais, geográficas e socioeconômicas também contribuem para a evasão escolar. Os problemas não são homogêneos, por isso, exigem soluções diferenciadas para cada região.   Essa falta de desinteresse está na raiz do diagnóstico de muitos educadores de que é preciso mudar os problemas na estrutura física e pedagógica das escolas. O currículo do ensino médio está defasado, pela falta de foco, excesso de conteúdo e ausência de contextualização. Da mesma forma, ainda existem professores dando aula sem capacitação, assim como há uma grande desvalorização desses profissionais. Por outro lado, o ambiente físico das escolas públicas brasileiras, em sua maioria, é desconfortável tanto para os alunos quanto para as pessoas que trabalham na escola.   Por todos esses aspectos, é evidente que a evasão dos alunos e a estrutura precária das escolas impedem a melhoria do sistema educacional brasileiro. Dessa forma, é imprescindível que sejam adotadas medidas adequadas à realidade de cada região para diminuir a evasão, como o Bolsa Escola no nordeste. Outrossim, é necessário investimento por parte do Ministério da Educação (MEC) na formação e na capacitação dos profissionais da educação, de modo a valorizar os professores. O currículo escolar deve preparar os alunos para a sociedade, além da preparação acadêmica. Por fim, o Governo Federal precisa investir em reformas físicas a garantir uma infraestrutura adequada e a modernização das escolas.