A emergência do século XXI evidencia a necessidade de um acompanhamento de toda a sociedade a suas transformações tendo, portanto, a educação como principal fonte de crescimento social. Neste “novo” Brasil, observa-se uma paralisação no desenvolvimento de práticas que visem a melhoria de todo o sistema educacional brasileiro. Isso porque, há um erro conceitual do modelo ideal a ser seguido nas salas de aula agravado, então, pela falta de compromisso de toda a sociedade com a educação. Observa-se que uma inserção maçante de novas tecnologias nas salas de aula brasileiras e, como provado por países como o Japão (em 2009), essas não contribuem significadamente para a qualidade do ensino. Isso ocorre porque o uso de tablets e aparelhos de multimídia nas escolas torna o ensino impessoal, improdutivo e negligente com as dificuldades de cada aluno, dando enfoque para o meio e não para o conteúdo ministrado. Percebe-se, portanto, que a importância da educação está na relação aluno-professor-escola, na qualificação dos profissionais envolvidos no ensino e na ligação com o meio. A ênfase, por conseguinte, deve ser dada à qualificação de professores e monitores da educação pública brasileira. A histórica desvalorização dos docentes brasileiros seja na esfera pública ou privada é um dos maiores empecilhos para a melhoria da educação no Brasil. Segundo Jaana Palojärvi, Ministra da Educação e Cultura da Finlândia, o professor é peça fundamental na educação devendo ser dada a ele, a qualificação, a confiança e o respeito necessário para que o profissional dê atenção às deficiências e particularidades de cada aluno. Para ele, o professor têm que ser a autoridade máxima em sala de aula. Constata-se, dessa maneira, que o Brasil está em sentido contrário ao progresso desejado, uma vez que, através de atrasos salariais, ausência de subsídio material as escolas públicas e desrespeito, da sociedade, à figura do mestre é um quadro constante na realidade brasileira. A melhoria, dessa forma, começa pelo investimento na qualificação do corpo docente das escolas públicas brasileiras com o fornecimento gratuito pelo Estado, nas Universidades Públicas, de um maior número de cursos de bacharelado que deem enfoque na atenção as particularidades e adversidades ocorridas na sala de aula. À rede de ensino deve-se ser dada, permanentemente, uma gratificação salarial aos docentes que, comprovadamente, fizeram cursos que os orientem na arte do ensinar, de acordo com o interesse nas diferentes faixas etárias dos alunos. Isso, será possível com a destinação da porcentagem de compras de equipamentos de multimídias para as escolas ao aumento salarial dos professores da rede pública. A ministração de palestras que demostrem à comunidade a importância social do docente e o correto comportamento interpessoal no ambiente escolar, faz-se necessária para a superação de práticas desrespeitosas de pais e alunos com o mestre.