Enviada em: 26/03/2017

A Grécia, berço da civilização humana, tinha como princípio o desenvolvimento individual do ser humano. No Brasil, a realidade do sistema educacional deficiente afeta diretamente a formação de indivíduos capazes de exercer sua cidadania de forma plena, de forma a prejudicar a construção de uma sociedade mais equilibrada e justa.            O atual modelo econômico baseado no livre comércio exige a oferta de mão-de-obra qualificada, essa adquirida através dos inúmeros cursos profissionalizantes oferecidos pelo Estado. Entretanto, apesar do grande investimento realizado pelo governo em educação, o sistema educacional ainda enfrenta dificuldades em busca da excelência. Parte da problemática se deve à falta de acompanhamento do estudante por parte de pais e responsáveis resulta no desinteresse pelo processo de aprendizado, levando muitos jovens a desistirem da formação escolar.          Somado a esse problema encontra-se o modelo de ensino obsoleto, que não acompanhou o processo de globalização e permanece com o uso de métodos de ensino e avaliação antiquados, intransigentes e coletivizados, focados apenas na produção de capital, e não atendendo às necessidades individuais do aluno como cidadão e ser humano. O resultado é a criação de indivíduos alienados, ensinados apenas a suprir as necessidades de mercado, sem a capacidade de pensar além dos conhecimentos técnicos adquiridos.          Destarte, a atual inadequação do sistema educacional interfere na concepção de uma sociedade pensante e eficiente. Essa problemática deve ser combatida através da ação familiar em conjunto com a escola, em prol de evitar a evasão escolar por jovens, através do acompanhamento acadêmico. Além disso, faz-se necessária a ação do Ministério da Educação na mudança de recursos ofertados para educadores e alunos, como a inclusão de aulas sobre direitos humanos e do cidadão, afim de torná-los mais humanos. Já que, como afirmava o poeta Sêneca, a educação demanda maiores cuidados, pois influi sobre toda a vida.