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Enviada em: 27/03/2017

Desde os anos 1990, diversos fatores aumentaram a frequência escolar no Brasil. Entretanto, apesar do aumento de acesso à educação, a qualidade da mesma tem melhorado pouco e muito lentamente. Nesse sentido, torna-se necessário buscar métodos alternativos para melhorar o sistema educacional brasileiro. É importante destacar que aprendizado dos alunos nas escolas públicas é muito baixo por vários motivos. Em primeiro lugar, é inquestionável que o nível socioeconômico das famílias influencia diretamente o desempenho dos alunos. Com relação aos professores, nos cursos de pedagogia e licenciatura o ensino é fraco, teórico e com pouca ênfase na prática em sala de aula. Outrossim, os diretores muitas vezes são escolhidos por critérios políticos. Por outro lado, muitos secretários de educação resistem a apoiar políticas progressão continuada por questões políticas. Portanto, para melhorar o aprendizado é necessário um pacote de medidas que aborde a relação aluno-família-faculdades de pedagogia-professor-diretor-secretários de educação. Diante desse cenário, outro problema está na gestão dos sistemas municipais e estaduais de ensino. Tal fato foi explanado na revista ''Economic Journal'' em 2015, cuja pesquisa mostrou que a qualidade da gestão de escolas nos EUA, Reino Unido, Suécia e outros países está bastante relacionada com a nota dos seus alunos nos exames padronizados em cada país. Dessa forma, uma maior autonomia para gerenciar os professores e funcionários, monitorar o aprendizado de todos os alunos e implementar metas de aprendizado em escolas influenciará diretamente na qualidade da educação. Torna-se evidente, portanto, que há diversas falhas no sistema educacional brasileiro. Sendo assim, é importante que os governos municipal, estadual e federal não se foquem apenas no acesso à educação, mas que possam unir os esforços para melhorar a gestão da educação em todos os aspectos, do aluno à família, do professor ao secretário de educação.