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Enviada em: 25/03/2017

Educação vigente: continuação de séculos passados   Em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, o protagonista narra uma pequena parte de sua vida durante o período estudantil. Salvo o castigo físico, o sistema educacional em voga muito se assemelha ao do século XIX: um professor ensinando, por algumas horas, alunos ordenados em fileiras. Esse método sucateado tem seus desgastes evidenciados na evasão dos estudantes e no baixo rendimento das avaliações no ensino público.   O sociólogo francês, Pierre Bourdie, acreditava que o capital cultural - hábitos apreendidos no seio familiar - é responsável direto pelo desempenho do jovem. Assim, quando os próprios pais pouco se preocupam com os estudos, o estudante tende a torná-lo ainda menos importante. Por isso, faz-se necessário que o estímulo à educação se inicie dentro dos lares.   Ademais, sem o preparo adequado dos professores e a realização de reivindicações viáveis dos alunos, a ideia de construção de um ambiente propício ao ensino acaba ruindo. Por conseguinte, a escola se torna desprazerosa e, pior ainda, com pouca utilidade, já que não ocorre um aprendizado significativo. Com isso, vê-se que docentes e discentes precisam caminhar juntos rumo a uma educação melhor.   Em suma, para que o evasionismo seja dizimado e a qualidade do ensino público melhore, é importante que haja uma preparação mensal, aos fins de semana, para os pais, com vista ao preparo deles na educação dos filhos, valendo-se da ajuda de uma psicóloga. Além disso, consultas públicas, como a que ocorreu, recentemente, com relação ao ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, devem ocorrer visando o atendimento dos anseios dos alunos quanto à reforma do ensino. Por fim, os professores precisam passar por avaliações criteriosas no processo de seleção para lecionar nas instituições do governo, sob condição de receberem remunerações adequadas. Certamente, fazer-se-á uma educação mais prazerosa e à disposição de seus usuários.