Enviada em: 02/04/2017

Evasão escolar. Senso crítico fragilizado. Criminalidade. Diversas são as consequências negativas de um sistema educacional falho. Perceber a perpetuação da baixa qualidade de ensino, sendo esse essencial para o desenvolvimento de uma sociedade equânime, dá caráter urgente a esse tema, levando em consideração aspectos humanísticos, estruturais, e até mesmo um ciclo social.        Em primeira análise, vale ressaltar a visão de grande parte do povo em relação à importância do período escolar. Quando Kant afirma que "o homem é aquilo que a educação faz dele" demonstra a influência do caráter didático no desenvolvimento do cidadão. Seguindo a linha de pensamento do filósofo, a mudança de paradigmas não ocorre na mesma velocidade da urbanização, logo, o valor do trabalho ser mais frutífero que a educação ainda permanece. Dessa forma, por não receber o devido apoio familiar, gera-se uma desmotivação no estudante.      Outrossim, a baixa qualidade estrutural contribui para a permanência desse paradigma. O pouco investimento em escolas públicas e professores, além de formar grande parte dos alunos com fraco senso crítico, entrega ao mercado de trabalho profissionais com baixo potencial de crescimento. Assim, devido a população não conhecer exemplos próximos, acaba sendo passada, de geração em geração, a perspectiva de que apenas filhos de pessoas que têm condição de os manter em escola particular tem a possibilidade de progredir nessa área.     Fica evidente, portanto, a necessidade de investimentos no sistema educacional como forma de romper o atual paradigma. O Estado deve traçar planos de investimento, tendo em vista a implantação de escolas integrais, plano de carreira e formação continuada dos professores. À mídia cabe o papel de promover debates, em rede nacional, tendo em vista a mudança de valores. Desse jeito, muda-se, gradativamente, a visão da população, em relação à educação, e aliada à melhora estrutural forma-se cidadão mais conscientes e uma sociedade mais justa.