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Enviada em: 29/03/2017

A educação representa, em diferentes níveis, o grande pilar de uma sociedade. No nível econômico, porque capacita cidadãos ao mercado de trabalho e aumenta o poder de consumo; no político, uma vez que as noções de ética e cidadania são imprescindíveis para exercer o cargo; e no social, pois permite aos indivíduos o desenvolvimento de pensamento racional e crítico. Porém, o atual sistema educacional - que vigora há séculos quase sem mudança - pode, além de provocar desestímulo ao aluno, impactar uma nação em diferentes aspectos. É precípua, portanto, a reflexão acerca desse modelo a fim de que novas propostas possam otimizar o quadro.     As noções atuais de aprendizado no Brasil abrem margem para o desinteresse, já que não há, em geral, avaliações que foquem no potencial do aluno. Em vez disso, escolas exigem conhecimentos específicos de matérias diversas, por meio de notas pré determinadas e de reprovações punitivas, esquecendo-se de que cada indivíduo possui capacitação a uma área diferente do saber. No Japão, referência em educação no mundo, as habilidades são individualizadas e, dessa forma, há estímulo para que o jovem encontre sua vocação.     Nietzsche, um dos mais importantes filósofos da atualidade, defendia que toda ação deveria ter uma finalidade particular, a fim de que o ser humano não vivesse no niilismo. Uma educação pautada no "saber pelo saber", sem um objetivo prático nos âmbitos pessoal e social, é, portanto, desprovida de sentido. Por conseguinte, é possível associar tal raciocínio aos desvios de ética cometidos pela população e pela política, atitudes sistemáticas no atual quadro brasileiro.    Torna-se evidente, portanto, considerar que a educação é parâmetro de conduta de uma sociedade e, no Brasil, algumas  mudanças fazem-se necessárias. A existência de um atendimento pedagógico personalizado, além de um plano de estudos que direcione o aluno às inclinações pessoais, com maior número de aulas específicas, é um dos caminhos para combater o desinteresse. Ademais, o ensino voltado à prática social, por meio de projetos e de aulas de campo, podem ajudar a levar o ensino e os valores para muito além da sala de aula. Assim, a sociedade pode, enfim, gozar de uma educação eficiente.