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Enviada em: 29/03/2017

Desigualdade social, um empecilho na educação brasileira.       Com a chegada da família real ao Brasil, houve um grande incentivo voltado para as artes e educação no país, entretanto, tal prestígio abrangia apenas as classes altas da sociedade. Hoje, após muitas lutas das classes menos favorecidas, estas obtiveram direito de acesso ao conhecimento de forma livre e incontestável. Porém, ainda assim, percebe-se que hoje a maioria das pessoas que tem acesso a uma educação de qualidade levam um padrão de vida mais elevado.       A desigualdade social levou a qualidade de ensino das escolas públicas brasileiras a decair, uma vez que a maioria dos discentes são de famílias com uma renda mais baixa, não tendo condições de pagar a escola particular. Tal fato resulta no desinteresse do estado em investir nesta área a fim de gerar uma massa com conhecimento intelectual e senso crítico desenvolvidos.        Para o educador pernambucano Paulo Freire, não há ensino se não houver aprendizado, ou seja, é necessário que haja uma ligação entre o educador e o educando. Não apenas onde um passa o conteúdo para o outro absorver, mas uma interação onde ambos terminam por se conhecer, ensinando e aprendendo um com o outro.       Ainda sobre o pensamento de Freire, nota-se que esta realidade distancia-se da educação brasileira uma vez que na maioria das vezes (principalmente nas escolas públicas, mas não exclusivamente) o docente em sala de aula "finge" ensinar, enquanto os discentes "fingem" aprender. Tornando-se um ciclo vicioso que reflete na vida social e profissional da massa brasileira.       Além do mais, há o fator estrutural das escolas públicas, onde é uma minoria que está de acordo com as normas para facilitamento do aprendizado como iluminação adequada, cadeiras confortáveis, alimentação rica em nutrientes e salas de aula sem superlotação.       Analisando os fatos propostos, é possível perceber que a decadência do sistema educacional brasileiro é decorrente em sua maioria da falta de interesse dos órgãos públicos responsáveis por tal. Tornando-se viável uma reforma gradativa neste setor, começando pelo ensino básico, de forma que haja uma comissão responsável pelo planejamento e concretização desta. Sendo uma ação em conjunto que envolva os principais representantes e estudiosos brasileiros da educação atualmente, uma vez feito isso, seria a hora de reestruturar as escolas, capacitar o corpo docente e fazer a interação entre estudantes e educadores. Um processo lento, como qualquer outra reforma social, mas que possivelmente obteria resultados positivos.