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Enviada em: 29/03/2017

Ação Educa         O Brasil passou por um grande processo de evolução educacional nas últimas décadas. Como consequências, a taxa de analfabetismo caiu, as crianças frequentam mais as escolas hoje do que frequentavam há 50 anos, e a inclusão tem se tornado pauta de discussões que visam a universalização do ensino. Entretanto, ainda há desafios a serem superados no que se diz respeito a qualidade e eficiência do sistema educacional, sendo necessárias novas alternativas que visem sua melhoria.            Precipuamente, segundo dados coletados pelo Censo Escolar de 2015, há mais de 3 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos sem acesso às escolas. Essa realidade é mais agravante na região Nordeste, em que a falta de incentivo dos pais ao estudo dos filhos e a indução precoce ao trabalho infantil se tornam mais presentes. Ademais, outro problema enfrentado é o da péssima infraestrutura, em especial nas escolas de zonas rurais, o que contribui para a manutenção da desigualdade ao acesso.           Contudo, os problemas da educação brasileira não se limitam aos quantitativos e estruturais. A qualidade dos professores é outro desafio a ser superado. Além do fato de muitos atuarem fora de suas áreas de formação, segundo dados do Ministério da Educação, grande parte se torna despreparado psicopedagogicamente para lidar com uma turma de alunos. Tal fato, junto à negligência das chefias das unidades de ensino, influencia na precarização e banalização da educação.           Destarte, são necessárias algumas medidas para que o problema seja solucionado. A princípio, é necessário que o Ministério da Educação estabeleça um sistema de gratificação por especialização aos professores, de forma a incentivar a qualificação e combater o sucateamento do ensino brasileiro. Além disso, é necessário que a mídia divulgue vinhetas, através da televisão, evidenciando a obrigatoriedade da frequência escolar, conforme previsto no Plano Nacional da Educação. Por fim, é fundamental que as escolas estimulem a participação dos pais na vida escolar do aluno e abram espaço para críticas por meio de reuniões constantes, já que, como diria Paulo Freire, "ensinamos melhor aquilo que precisamos aprender".