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Enviada em: 29/03/2017

A melhoria da educação brasileira depende de um conjunto de fatores, e não é somente o investimento financeiro por parte do Estado o maior responsável pela saída do Brasil dos piores índices educacionais. Além disso, é perceptível o quanto ainda existem diferenças enormes entre o ensino público e o privado no país desde as séries iniciais. Isso sem falar que nos lares cujos pais têm plena consciência do bem educar, o estímulo ao aprendizado é bem maior desde os primeiros anos.   Infelizmente, os brasileiros estão distantes da média no IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de países como os Estados Unidos, o Canadá, a Inglaterra e a Suécia porque além da falta de recursos adequados ao ensino - espaço físico e recursos humanos bem capacitados - em alguns domicílios a educação simplesmente não é prioridade, principalmente na pré-escola e alfabetização. Essa prioridade começa a ser dada somente mais tarde, já no ensino médio, visando algum emprego ou mesmo a universidade. Nessa perspectiva, é responsabilidade dos Estados e municípios, mas também dos pais e do corpo docente das escolas garantir a melhoria no desempenho dos estudantes pelo país afora. Ora, a culpa é somente de discentes porque não têm vontade de aprender ou é de toda uma estrutura desqualificada?!     Desse modo, fica, portanto, evidente que não há o estímulo ideal à boa formação seja em casa ou na escola. Embora algumas medidas para reverter esse quadro já tenham sido adotadas por parte do governo, a falta de equidade no acesso e, principalmente as desigualdades sociais também contribuem decisivamente no processo de ensino-aprendizagem porque ainda hoje, infelizmente o trabalho infantil em muitos lares não é exceção, mas sim regra. Ademais, quando os genitores possuem um melhor poder aquisitivo disponibilizam a seus filhos desde muito pequenos outros meios de adquirir conhecimentos que não somente a escola - tablets, jogos educativos, entre outros congêneres em rede. Há ainda, uma diferença estrutural gritante entre os discentes da escola pública e privada que é a entrada tardia dos primeiros, visto que os últimos entram cada vez mais cedo. Outro fator relevante, é observar, longe dos grandes centros, educadores sem graduação alguma lecionando normalmente.   Assim, é preciso que pais e mestres estejam imbuídos da verdadeira educação corresponsável. Além disso, que o Estado garanta, mas também cobre dos municípios o ensino melhor que tanto se almeja. E, finalmente que as universidades por meio de seus projetos, além de seus muros, procurem facilitar a entrada, oferecer capacitações técnicas e outros cursos de pós-graduação aos que desejarem à docência. Paulo Freire, o grande mestre, afirmava: "[...] se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda". Educação só se faz com educação!