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Enviada em: 30/03/2017

No século vigente, o Brasil ainda enfrenta um grande obstáculo, caracterizado como um dos impasses para a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano, e consequentemente, de uma melhor qualidade de vida proporcionada aos cidadãos. Estudantes frequentam a escola, mas os resultados acadêmicos desejados não são obtidos. Ademais, os gastos governamentais com educação superam o orçamento disponível. Entretanto, ainda assim, a precariedade na infraestrutura e a defasagem do sistema de ensino das escolas da Rede Pública são fatores desestimulantes ao aluno, que dessa forma perde o interesse pela aprendizagem.        A grade curricular do Ensino Médio, especialmente em conteúdos cobrados pelos principais vestibulares do país, exige um conhecimento aprofundado sobre todos os assuntos, enfatizando, muitas vezes, apenas o ato da memorização. Isso reflete de forma negativa aos estudantes e ao próprio Estado, uma vez que o aluno completa o ciclo básico de aprendizagem e deixa a escola totalmente despreparado para o mercado de trabalho, assim como dotado de pouca consciência sobre seu futuro.      Nesse mesmo contexto, os educadores encontram-se desestimulados pelas falhas encontradas no sistema de ensino brasileiro. Cursos superiores como as licenciaturas têm cada vez menos inscritos, haja vista que o almejo pela profissão é cada vez mais inibido. Comparados aos professores de nível básico e médio, os docentes de nível superior parecem ser os únicos satisfeitos com a atividade. O mesmo não ocorre em países desenvolvidos e investidores em educação, como a Finlândia e a Coreia do Sul: a carreira é prestigiada por sua remuneração, reconhecimento e importância.        A fim de sanar o problema, é preciso que haja uma reformulação do Ensino Médio, que visa a definição da grade curricular e o tempo decorrido na escola, a fim de priorizar seu aproveitamento. As crianças e jovens devem permanecer na instituição de ensino em período integral, estimulados por disciplinas extra-curriculares como música, culinária, esportes ou atividades no laboratório. O capital já atribuído deve também manter prioridades, como a melhora da infraestrutura dos prédios e o investimento em tecnologia e softwares, fundamentais para o incentivo e para a disseminação do conhecimento. Além do que, os Governos Estaduais devem trabalhar de forma a tornar a profissão do educador mais dinâmica e almejada, com a abertura de concursos públicos, cursos de aperfeiçoamento, reajustes salariais e campanhas incentivadoras destinadas aos jovens. A família possui também papel fundamental, pois deve incentivar o aluno, por meio da presença dos pais em sua vida acadêmica, ensinando-os a valorizar o conhecimento e a leitura, atributos essenciais para a formação do cidadão brasileiro.