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Enviada em: 04/04/2017

"O homem é aquilo que a educação faz dele". No Brasil, nunca se notou tanta veracidade na frase dita pelo filósofo Immanuel Kant, isso porque boa parte da sociedade finalmente percebeu que para se viver em um país melhor, os investimentos em educação são imprescindíveis. O sistema público de ensino brasileiro é precário, os alunos não possuem perspectiva de vida e muitas vezes abandonam os estudos, e quando se trata do ensino particular, esse se torna inviável para a maioria da população.     Ao contrário do que muitos pensam, não é apenas papel da escola transmitir educação ao aluno e se responsabilizar pelo seu aprendizado. A figura da família, por ser o primeiro meio de socialização do indivíduo, é muito relevante nesse processo, ou seja, é nesse âmbito que se encontra grande parte do problema, já que, geralmente, os jovens de baixa renda são obrigados a deixar a escola para trabalhar e ajudar os pais a manter as despesas da casa ou até mesmo cuidar dos irmãos mais novos. Além disso, muitas vezes, o círculo familiar apresenta diversas instabilidades que afetam o crescimento do aluno, tais como parentes traficantes de drogas, discussões familiares, doenças e falta de alimentação adequada ,situações comuns em áreas periféricas.    Outro grande empecilho é a ausência de preparo dos professores, que, em grande parte, não motivam os alunos, não possuem didática, não são satisfeitos com os salários e não são treinados para lidarem com a tecnologia a favor do conhecimento. A respeito do último, segundo uma pesquisa realizada nos EUA, os estudantes lidam melhor com a tecnologia do que os professores e possuem acesso às tecnologias mais avançadas em casa e não no colégio. Ao traduzir esses dados para o cenário brasileiro, eles se tornam ainda mais alarmantes, pois os jovens não são, de fato, instruídos a utilizar instrumentos tecnológicos como meio de aprendizagem pelas instituições de ensino, que demonizam os aparelhos eletrônicos e não revelam o lado positivo desses.       Dessa forma, algumas medidas são indispensáveis para solucionar o impasse. Entre elas pode-se citar a criação de programas sociais eficazes por parte do Governo Federal, isto é, projetos que melhorem as condições de vida nas periferias, que criem empregos e que ofereçam auxílio psicológico nas escolas aos estudantes com problemas na esfera familiar a fim de que esses tenham disponibilidade para se dedicarem aos estudos. Ademais o Ministério da Educação deve incentivar e custear a introdução de tecnologias nas escolas acompanhada de educadores especializados nessa área para ensinarem de que forma ela pode ser benéfica na aquisição do saber, pois assim os estudantes passariam a não usufruir da internet, por exemplo, apenas de maneira fútil e se encontrariam motivados a estudar de um modo mais "moderno".