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Enviada em: 03/04/2017

"Saco nada de física, literatura ou gramática, só gosto de orientação sexual e eu odeio química". A letra de Renato Russo, da banda Legião Urbana, revela a visão dos alunos dos anos 80 em relação ao sistema educacional tedioso da época. Em 2017, no entanto, em meio à discussão de uma reforma no modelo de ensino, já está na hora de se colocar em prática a pedagogia crítica para formar cidadãos mais conscientes.       A proposta do Governo Temer visa empobrecer ainda mais a aprendizagem nas escolas no Brasil, que deixarão de se responsabilizar por disciplinas fundamentais para a compreensão da sociedade, como História e Geografia e, como afirma Ernesto Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemman, tirarão as escolhas dos estudantes se não os preparar para cada área de conhecimento.      Entretanto, o Brasil possui um dos pedagogos mais importantes do mundo, Paulo Freire, que propõe um ensino-aprendizado centrado no aluno, que vise construir seres humanos críticos para transformarem o seu mundo e afirma não que não existe um sistema educacional neutro, sendo sua função ou manter as pessoas no status quo ou libertá-las.      Esta última, é possível através de um modelo que considere os conhecimentos prévios dos alunos para a construção do conhecimento de forma contextualizada para as situações concretas do cotidiano. Desse modo, o estudante é ativo no processo e o professor é um facilitador, que juntos constroem o saber.      Portanto, o Governo Federal deve reavaliar a reforma educacional proposta e alterar sua estrutura, tomando por base uma pedagogia libertadora para que o país possa criar cidadãos conscientes e críticos capazes de intervir ativamente para a transformação da sociedade. Essa alteração deve ser aplicada nas escolas públicas e privadas para todo o território nacional.