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Enviada em: 03/04/2017

No ano de 2016, uma proposta de remodelação das escolas de São Paulo, feita pelo então governador Geraldo Alckmin, gerou polêmicas e incitou um movimento estudantil, que apontou o fechamento de escolas e a dificuldade no deslocamento de alunos, prováveis consequências da proposta, como prejudiciais. Em 2017, o presidente Michel Temer criou uma proposta de reforma do Ensino Médio brasileiro que recebeu muitas críticas de boa parte da população. Mediante esse cenário conflituoso, princípios básicos da educação são esquecidos ou deixados de lado.  Tendo em vista a necessidade de mudanças e as suas, muitas das vezes controvérsias, tentativas; é preciso analisar, cautelosamente, os fundamento da educação, os aspectos que podem e devem ser mudados, bem como o porquê e quais as consequências dessas mudanças. A primeira questão a ser trabalhada se encontra no campo ético-moral, a disciplina, pois esta é a base para a realização de quaisquer atividades que tenham o intuito de se tornarem produtivas. A mesma deve ser aplicada a começar pelos próprios alunos, o interesse destes deve ser resgatado, tanto dentro da sala de aula, quanto fora dela. Com esse objetivo, alguns mecanismos podem ser utilizados, um deles é a introdução de recursos tecnológicos nas escolas.  Entretanto, é preciso frisar que a implementação tecnológica nas escolas necessita de controle, supervisão e orientação, o que também exige uma maior qualificação profissional dos professores. O professor Paulo Jubilut, fenômeno do ensino online, afirma que os tempos passaram, tornando insuficientes os meios tradicionais de ensino. Outra questão comentada por Jubilut é a adoção do sistema integral nas escolas públicas, pautado na reforma, ele alega que é preciso distinguir tempo de qualidade de ensino. Todavia, essas questões estão compreendidas no conceito de infraestrutura, sendo necessário certificar-se que a escola possui todo um espaço que possibilite a existência dos fundamentos supracitados. Não obstante, as interações sociais no âmbito escolar merecem atenção redobrada, levando em consideração de que existe uma predisposição do espaço escolar na difusão de estereótipos que predestinam ao preconceito e a exclusão social.  Contudo, alternativas reais de melhorias ao sistema educacional brasileiro só poderão ser concretizadas nessas condições e, principalmente, sob um conjunto de ações coletivas. Professores, pedagogos e demais funcionários devem demonstrar no cotidiano dos alunos como a escola deve ser. Os pais que, muito comumente, têm a menor participação na vida estudantil dos filhos, devem abandonar o hábito de "terceirizar a educação", participando diretamente dos estudos dos mesmos e conhecendo a escola que eles frequentam, justificando o ditado "educação se aprende em casa".