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Enviada em: 13/04/2017

Da sala de aula para a vida   Durante o ensino fundamental prepara-se o aluno para o ensino médio e, uma vez neste, a preparação é voltada somente para a prova do ENEM. É divergente a realidade da criança e do jovem e o conteúdo ensinado nas salas de aulas, tal descompasso reflete no baixo rendimento escolar, abandono e aumento na diferença entre idade-série dos alunos; assim, comprometendo a única via de mudança da realidade social de um indivíduo, família, sociedade e nação: a educação.     Segundo os dados lançados pelo INEP 2015 cerca de 15% dos alunos do ensino fundamental foram reprovados ou abandonaram a escola nesse ano. Muitas vezes esse abandono é reflexo da dificuldade de aprendizado, necessidade de trabalhar, bem como, desinteresse dos pais que o filho estude. Com o fim de solucionar essa questão é vital o engajamento da equipe de gestão das escolas consultando regularmente a planilha de presença dos alunos e visitando os familiares dos alunos faltosos; bem como desenvolver projetos pedagógicos, juntamente com os professores, específicos às necessidades dos alunos com dificuldades de aprendizado.   De acordo com Paulo Freire "ensinar exige a compreensão de que a educação é uma forma de intervenção no mundo". É necessário também valorizar os protagonistas da educação, pois observa-se que cerca de 50% dos professores do ensino fundamental e 67% do ensino médio não têm licenciatura para atuação na área. Com o intuito de auxiliar na formação de pedagogos o MEC deve exigir que as instituições de ensino ampliem a carga horária de estágios práticos em sala de aula. Bem como, valorizar a realização de cursos de mestrado e doutorado em educação, aperfeiçoando assim o método e o plano pedagógico dos educadores.  É inegável que o sistema educacional no Brasil precisa ser melhorado. Contudo, é imprescindível que essa melhora aproxime o conteúdo das escolas da rotina das crianças e jovens a fim de prepará-los, não somente para avaliações do ano letivo, mas também para a vida.