Materiais:
Enviada em: 06/04/2017

De acordo com o filósofo, economista e vencedor do Prêmio Nobel de economia, Milton Friedman, só uma crise real ou percebida, produz mudança. É nesse contexto, que precisamos inserir o atual cenário educacional brasileiro. Em meio à crise, soluções precisam ser debatidas para a melhora do ensino, principalmente em relação à escolarização básica.       No que se refere a mudanças, alguns estados, norte-americanos, já adotaram o uso de "vouchers", uma espécie de vale-educação, transferindo o aluno do ensino público para o particular. Esse sistema, permite que pessoas, menos favorecidas, possuam acesso à mesma educação dada aos privilegiados financeiramente, visto que, o valor gasto pelo Governo, estadunidense, por aluno, equivale a pelo menos 70% do valor de uma mensalidade no setor privado, segundo dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Ademais, há uma valorização dos professores mais bem preparados, dando força a meritocracia profissional. Isso se deve ao processo de modernização do ensino, pois os proprietários tendem a procurar os melhores profissionais de cada área, a fim de conseguir mais clientes e prestígio para a sua instituição.       Ao trazermos o debate para o Brasil, vemos o descaso, principalmente, na educação básica. As dificuldades enfrentadas pelos alunos do ensino médio, em português e matemática, dão-se por conta da má formação no ensino fundamental. O que ratifica esse fato, são as notas fornecidas pelo ranking de escolas do MEC, por meio dele é possível notar a disparidade exacerbada entre sistemas educacionais particulares e públicos. A diferença estende-se nas Universidades públicas, em que a maioria dos estudantes são de classe média e classe média alta, sendo necessário o uso de cotas para equiparar as oportunidades. É importante pontuar, ainda, a falta de comprometimento de algumas famílias na formação de um ambiente escolar propício, para o desenvolvimento dos indivíduos. Muitas vezes, os pais não tem acesso à informação, não possuem alta escolaridade e são analfabetos.       Por isso, medidas são necessárias para resolver o impasse. O MEC, junto a Receita Federal, pode prover o uso de "vouchers" para estudantes do ensino fundamental, fazendo a dedução do valor no imposto de renda do responsável, assim, o Estado brasileiro pode pagar até 100% do valor da mensalidade. O ensino médio, por sua vez, será a médio prazo, reestruturado para funcionar integralmente, recebendo os alunos, advindos do programa de vales-educacionais, de volta à educação pública, permitindo uma competitividade mais igualitária por uma vaga na Universidade. Além disso, a elaboração de programas sociais do Governo Federal, em parceria com ONG's, visando a redução do analfabetismo para pessoas acima dos 18 anos. Logo, realizar-se-á uma reforma completa no Brasil.