Materiais:
Enviada em: 08/04/2017

De acordo com o filósofo e economista, Milton Friedman, só uma crise real ou percebida produz mudança. É nesse contexto que precisamos inserir o atual cenário educacional brasileiro. Por causa da ausência de políticas públicas eficazes, o Brasil não vem garantindo um dos fundamentos principais idealizados por Paulo Freire: o acesso a um ensino básico de qualidade. Em meio à crise, soluções precisam ser debatidas para a melhora do ensino, principalmente em relação à escolarização básica.       No que se refere a mudanças, alguns estados norte-americanos já adotaram o uso de "vouchers", uma espécie de vale-educação, transferindo o aluno do ensino público para o particular. Esse sistema permite que pessoas menos favorecidas possuam acesso à mesma educação dada aos privilegiados financeiramente, visto que o valor gasto pelo Governo estadunidense por aluno equivale a pelo menos 70% do valor de uma mensalidade no setor privado, segundo dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Ademais, há uma valorização dos professores mais bem preparados, dando força à meritocracia profissional. Isso se deve ao processo de modernização do ensino, pois os proprietários tendem a procurar os melhores profissionais de cada área, a fim de conseguir mais clientes e prestígio para a sua instituição.       No entanto, ao trazermos esse debate para o Brasil, vemos o descaso, principalmente na educação básica. A dificuldades enfrentadas pelos alunos no ensino médio, em português e matemática, dão-se por conta da má formação no ensino fundamental. O que ratifica esse fato são as notas fornecidas pelo ranking de escolas do MEC, por meio dele é possível notar a disparidade exacerbada entre sistemas educacionais públicos e particulares. A diferença entende-se nas Universidades, em que a maioria dos estudantes são de classe média e classe média alta, sendo necessário o uso de cotas para equiparar as oportunidades. É importante pontuar ainda, o número de analfabetos acima dos 55 anos. Os últimos dados do IBGE apontam que cerca de 6,5 milhões de idosos não sabem ler e escrever.       Por isso medidas não necessárias para resolver o problema. O MEC, junto a Receita Federal, pode prover o uso de "vouchers" para estudantes do ensino fundamental, fazendo a dedução do valor no imposto de renda do responsável, assim, o Estado brasileiro pode pagar até 100% do valor da mensalidade. O ensino médio, por sua vez, será a médio prazo, reestruturado para funcionar integralmente, recebendo os alunos advindos do programa de vales-educacionais, de volta à educação pública, permitindo uma competitividade mais igualitária por uma vaga na Universidade. Além disso, a elaboração de programas sociais do Governo Federal, em parceria com ONG's, visando a redução do analfabetismo para pessoas acima dos 55 anos. Logo, realizar-se-á uma reforma completa no Brasil.