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Enviada em: 13/04/2017

O investimento em educação no Brasil tem sido, há décadas, muito desnivelado. Se por um lado, o governo investe intensamente em suas universidades federais; por outro, há uma contribuição pífia para com as escolas de base. Dessa forma, é possível afirmar que as instituições superiores de ensino recebem a maior fatia desses subsídios. Infelizmente, a maioria dos alunos que conseguem acesso ao ensino superior gratuito vêm de famílias com desejável nível educacional e cultural e, em muitos casos, tiveram acesso à variadas tecnologias desde a infância.      De acordo com divulgação feita pelo Ministério da Educação, em 2016, as cotas sociais e raciais contribuíram para a inclusão de alunos que, por vezes, nem cogitavam em receber um título de bacharel. Entretanto, ao adentrarem nessas faculdades, percebem um choque de realidade, em que professores se preocupam mais com suas pesquisas particulares do que com a didática, fato esse que pode ser comprovado ao presenciar alunos inexperientes de mestrado "convidados" a lecionar em suas aulas.       Outrossim, estudantes cujos pais possuem relevante poder aquisitivo e educativo, apresentam uma excelente performance em exames nacionais, como em olimpíadas de matemática e física, além dos torneios anuais de redação, como pode ser comprovado através do número de medalhistas de ouro e prata em tais competições. Softwares, grupos de pesquisa privados, aulas excepcionalmente personalizadas e envolvimento dos pais são apenas alguns dos fatores que explicam o sucesso desses candidatos.       Assim sendo, é preciso que o Ministério da Educação invista em aperfeiçoamento didático semestral para professores, através de uma plataforma digital, e que inclua um canal direto com um coordenador experiente para que esses possam sanar suas dúvidas de metodologia. Ademais, as escolas devem aumentar a frequência de reunião de pais,  a fim de solicitar-lhes uma participação efetiva no aproveitamento do aluno,  antes que eles experimentem os fracasso, pois, como disse Aristoteles, a educação tem raízes amargas, mas seus frutos são doces.