Materiais:
Enviada em: 26/08/2017

Com a chegada da família real no Brasil, em 1808, foram criadas as primeiras escolas, as quais eram frequentadas apenas pela elite social, continuando o resto da comunidade à margem do processo pedagógico. Todavia, mais de duzentos anos depois, ainda é necessário promover melhorias no ensino brasileiro. Diante disso, deve-se avaliar o incentivo e a participação da família no âmbito estudantil, além da metodologia de ensino, com o fim de despertar o interesse do aluno para o conhecimento.   Em princípio, é válido enfatizar a importância da família como principal instituição social capaz de formar os valores e os hábitos de cada indivíduo. Nesse sentido, é fundamental que a criança conviva em um ambiente no qual os pais se interessem e participem do processo de educação, para estimular o aprendizado e fazer com que ela se desenvolva nas esferas escolares. Porém, apesar do valor da participação familiar para o progresso educacional, estudos feitos pelo movimento “Todos Pela Educação” indicam a falta de atuação da família na vida estudantil. Tal conjuntura se dá em função do hábito de colocar a responsabilidade pela aprendizagem dos alunos integralmente a cargo da escola, o que determina o mau desempenho da criança nesse âmbito.   Além disso, a escola também tem grande parcela de relevância para melhorar a educação. No entanto, os métodos de ensino dos professores e a falta de didática para ensinar o conteúdo proposto, muitas vezes, não dialogam com a realidade em que os estudantes estão inseridos e, por conseguinte, fazem com que esses considerem o aprendizado como algo desinteressante e obrigatório. Essa situação ocorre devido à má formação dos docentes, os quais não são bem preparados para ensinar, fato comprovado pelas pesquisas feitas na Fundação Carlos Chagas, as quais apontam que menos de 10% do conteúdo para a formação do professor é composto por metodologias de ensino.  Em síntese, devido à importância da educação para o desenvolvimento do indivíduo e, consequentemente, da sociedade, é necessário tomar medidas para aperfeiçoar o ensino no Brasil. Dessa forma, as escolas devem convocar a família em seu âmbito, com o objetivo de examinar e melhorar o desempenho dos estudantes através da ação mútua dessas instituições primordiais. Por sua vez, o Ministério da Educação deve exigir uma determinada parcela de estudos sobre sistemas de ensino nas universidades, a fim de formar bons docentes, capazes de estimular a participação dos estudantes. Não apenas, cabe ao Estado oferecer cursos para aprimorar a didática dos professores já formados, visando uma aula mais atrativa para os alunos, bem como a construção de uma aprendizagem eficaz.