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Enviada em: 12/10/2017

Os Objetivos do Milênio, projeto ligado à ONU e no qual o Brasil se inclui, elaborou uma série de objetivos com o intuito de melhorar o destino da humanidade, dentre eles, garantir educação de qualidade para todos. Nesse sentido, entretanto, observa-se no país uma realidade educacional marcada pelo baixo rendimento, cujo agravamento ocorre devido à desigualdade no ensino para ricos e pobres e ao modelo ultrapassado de educação oferecido à sociedade.     No Brasil colônia e posterior império, ter acesso ao estudo era um privilégio de poucos, sendo ele proporcionado apenas aos filhos de brancos bem-sucedidos. Desse modo, verifica-se que o oferecimento de uma educação com mais qualidade, atualmente, permaneceu limitada à parcela mais rica da população, visto que o ensino público, cujo proveito é feito, sobretudo, por indivíduos menos favorecidos economicamente, é caracterizado por uma estrutura precária, salários insuficientes e ensino defasado. Como prova disso, segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), apenas cerca de 5% das escolas públicas possuem todos os itens de infraestrutura previstos em lei.     Além disso, outro fator que contribui com a precariedade do sistema educacional é a falta de incentivo presente entre os estudantes no país, principalmente no ensino médio, em que a dúvida profissional e a falta de expectativas promissoras são sentimentos comuns. Esse panorama costuma ocorrer devido à forma tradicional – utilizada há 200 anos – de como os conteúdos são passados em sala de aula, estimulando a repetição de matérias decorativas e sem praticidade que os levem a compreender os assuntos de fato; logo, os indivíduos crescem com baixo rendimento e cada vez mais distantes da realidade vivida por escolas particulares. Assim, de maneira análoga ao que afirmou o escritor Augusto Cury, ao inferir que a educação no Brasil ensina os jovens a serem repetidores de ideias e não protagonistas de suas próprias histórias.     Nessa perspectiva, para que essa precariedade possa se reverter, mostra-se, portanto, necessária uma ação conjunta entre Estado e escola. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação, por meio dos recursos destinados a esse setor, criar núcleos fiscais nas instituições de ensino que sejam responsáveis por receber e aplicar devidamente os investimentos direcionados à infraestrutura e pagamentos, assegurando a aplicabilidade e melhoria das escolas. Ademais, cabe às instituições públicas de ensino a criação do projeto ‘’Praticando o que aprendi’’, no qual os alunos seriam, semanalmente, convidados pelos docentes a trazerem à realidade os conteúdos vistos em sala de aula, por meio da visitação de museus de história e realização de experimentos de química, por exemplo, os auxiliando, assim, na aprendizagem e posterior escolha profissional.