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Enviada em: 05/09/2017

Com a chegada da família real no Brasil, em 1808, foram criadas as primeiras escolas, as quais eram frequentadas apenas pela elite social, continuando o resto da comunidade à margem do processo pedagógico. Todavia, mais de duzentos anos depois, ainda é necessário promover melhorias no ensino brasileiro, a partir da participação da família no âmbito estudantil, além do incentivo à leitura nas escolas.   Em princípio, é válido enfatizar a importância da família como instituição social capaz de formar os valores e os hábitos de cada indivíduo. Nesse sentido, é fundamental que as crianças convivam em um ambiente no qual os pais se interessem e participem do processo de educação, por meio do estímulo ao conhecimento, o que determina a melhora no desempenho dos estudantes e, consequentemente, do sistema didático. Porém, apesar do valor da participação familiar para o progresso educacional, estudos feitos pelo movimento “Todos Pela Educação” indicam a falta de atuação da família na vida estudantil. Tal conjuntura se dá em função do hábito de colocar a responsabilidade pela aprendizagem dos alunos integralmente a cargo da escola, o que determina o mau desempenho da criança nesse âmbito.   Além disso, conforme o filósofo Jhon Locke, o ser humano é como uma folha em branco, a qual é preenchida de acordo com suas experiências. Por analogia, é perceptível a importância do acesso e incentivo à leitura, com o fim de desenvolver a capacidade crítica e reflexiva do aluno, a partir do aprendizado com os livros. Não obstante, o Censo Escolar de 2015 revelou que apenas 37% das escolas públicas contam com bibliotecas, o que dificulta o aperfeiçoamento estudantil por meio da literatura, prejudicando a educação do Brasil.   Em síntese, é necessário tomar medidas que corrijam as falhas na educação brasileira para melhorar o ensino do país. Dessa forma, as escolas devem promover reuniões com a família, intermediadas por educadores, a fim de estimular pais e responsáveis a participar da vida escolar dos estudantes. Assim, o aluno será incentivado e respaldado durante seu desenvolvimento estudantil. Por sua vez, a Receita Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve destinar impostos com o fim de criar bibliotecas nas escolas públicas, além de contratar funcionários capacitados para possibilitar o pleno funcionamento dessas e o acesso dos estudantes aos benefícios gerados pela literatura. Logo, a sociedade poderá dispor de um sistema educacional eficaz.