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Enviada em: 12/06/2018

Do Cilindro de Ciro, criado em 539 a.C. e considerado a primeira declaração dos direitos humanos da história, até os dias de hoje, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, pouca coisa mudou no que diz respeito ao analfabetismo funcional no Brasil. No entanto, ao fazer uma análise mais consistente, percebe-se que fatores políticos e sociais convergem para a perpetuação desse problema no país.         A priori, verifica-se a falta de qualidade na educação básica infantil. Segundo Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Por este angulo, é preciso ensinar as crianças, no decorrer da alfabetização, a ler as palavras, escrever frases e interpretar textos, já que se os pequenos não são alfabetizados corretamente nessa etapa escolar, provavelmente, terão dificuldade o resto da vida. Prova disto são os alunos copistas, que só copiam a matéria mas não sabem o ''a'' que escreveram. Assim, tornarão adultos sem os conhecimentos correspondentes ao seu grau de estudos, no sentido de melhorarem a qualidade de suas vidas e auxiliá-los nas transformações sociais e culturais.       Outrossim, observa-se a baixa escolaridade dos pais como outro motivo do analfabetismo funcional. Conforme uma pesquisa do Instituto Paulo Montenegro, quando os pais tem nível superior, até 75% dos filhos são alfabetizados plenos. Isso mostra que a estrutura familiar possui uma importância enorme tanto no nível de instrução dos filhos quanto nos índices de alfabetização. Em virtude disso, inúmeras crianças que não foram fomentadas pelos pais sem estudos, possuem alguma dificuldade que se torna uma ''bola de neve'' que não pode ser revertida. Desta forma, o peso da educação dos pais na dos filhos é fundamental para aumentar as chances de sucesso da alfabetização funcional.     Torna-se evidente, portanto, que a ausência de uma boa educação de base dos jovens e o baixo grau de instrução dos pais amplia o analfabetismo funcional brasileiro. Logo, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve criar cursos de atualização continuada dos professores recorrendo a metodologias apropriadas e materiais pedagógicos, a fim de incentivar os alunos nas atividades que trabalhem com inteligencia, pensamento lógico e capacidade de relacionar temas diferentes para que o aprendizado seja o mais eficiente possível. Além disso, cabe aos pais estimularem a escrita dos filhos por meio de um diário que contem as histórias que vivenciou no dia, com o intuito de aprimorar a alfabetização para internalizar o hábito de escrever e interpretar nessa fase da vida. Só assim os valores conquistados na declaração dos direitos humanos serão efetivamente garantidos.