Enviada em: 04/07/2018

Segundo Zymunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de liquidez nas relações econômicas, políticas e sociais caracteriza a atual ''sociedade líquida'' do século XXI. Nesse sentido, nota-se uma liquidez no que tange ao processo de alfabetização no Brasil. Isso se relaciona a fatores históricos sociais em consonância com aspectos estruturais.         Em primeiro lugar, a concentração de renda é um sistema intrínseco à população brasileira, via-se desde o período militar a difusão de justificativas como: ''É preciso primeiro aumentar o bolo para depois reparti-lo''. Nesse contexto, agravam-se as exclusões sociais, ondem muitos jovens por precisarem compor a renda familiar, mantêm jornadas trabalhistas exaustivas. Dessa forma, a conclusão do ensino básico e fundamental se faz mínima entre o grupo, que compõe boa parte dos analfabetas.         Em segunda análise, vale salientar a existência do princípio da dignidade da pessoa humana, previsto na constituição brasileira, o qual garante a formação educacional de qualidade. No entanto, pouco se faz a partir dessa teoria, pois segundo pesquisas do site g1, 72% das escolas públicas não possuem bibliotecas atualizadas, laboratórios de informática ou ciências. Dessa maneira,o ambiente escolar torna-se pouco atrativo, potencializando a evasão escolar precoce e consequentemente índices de analfabetismo.                Em síntese, cabe ao Governo Federal ampliar programas sociais como o Bolsa Família e auxílios estudantis. A fim de possibilitar aos jovens e adultos a total dedicação aos estudos. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação realizar palestras e diálogos entre professores, assistentes sociais, pais e alunos que difundam a importância do conhecimento para o desenvolvimento humano. E por fim, promover a construção de laboratórios, quadras poliesportiva e instalações que tornem a escola atrativa e agradável.