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Enviada em: 26/06/2018

De acordo com o filósofo Aristóteles, a base da sociedade é a justiça. Sob esse viés, a realidade brasileira não reflete totalmente esse pressuposto, haja vista que a manutenção do alto índice de analfabetismo funcional no país tem gerado desigualdades. Destarte, convém destacar as principais causas e os efeitos dessa situação.     Em primeira análise, é válido ressaltar os motivos desse contexto. Conforme o Inaf, há no Brasil um considerável percentual de cidadãos que, embora saibam ler, não conseguem interpretar textos com facilidade; esse fato pode ser relacionado ao hábito de os pais não incentivarem a leitura aos seus filhos. Outrossim, a escola educa todos "igualmente", ou seja, não leva em consideração as diferentes necessidades dos alunos. Percebe-se, pois, que tanto a família quanto o Poder Público têm demonstrado incompetência em relação à forma de aprendizagem dos estudantes.     Consequentemente, a taxa de analfabetos funcionais é persistente. Segundo a Constituição de 1988, todos possuem o acesso à educação; todavia, aqueles indivíduos, tristemente, enfrentam diversos obstáculos para a concretização de tal direito, haja vista que não conseguiram desenvolver certos aspectos cognitivos. Isso resulta em disparidades sociais, tal qual o ingresso às faculdades através de vestibular se torna injusto, uma vez que pessoas alfabetizadas proficientes levam vantagem em detrimento das que não possuem a devida habilidade de leitura.        Fica evidente, portanto, que esse cenário hediondo urge por mudanças. Então, o Governo deve, por meio de subsídios doados pela Receita Federal, elaborar um projeto que atenue esse impasse. Nesse programa, profissionais contratados pelo Ministério da Educação darão palestras, em colégios públicos, para os pais, professores e demais membros da sociedade sobre a forma correta de incentivar e ensinar a leitura às crianças. Espera-se, com essa medida, garantir os direitos constitucionais dos indivíduos e combater o analfabetismo funcional no Brasil. Dessa forma, pode-se tornar realidade o ideal justo, proposto por Aristóteles.