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Enviada em: 19/10/2018

O analfabetismo funcional tornou-se parte da realidade de diversos brasileiros. Nesse contexto, pode-se destacar a falta de habilidades básicas do processo de alfabetização, como a dificuldade em comunicação. Esse assunto é objeto de debate entre a população e políticos brasileiros. Embora a Declaração Universal dos Direitos Humanos tenha sido promulgada em 1948 pela Organização das Nações Unidas, o que garante a todos os indivíduos o direito à educação, o processo pedagógico no Brasil encontra-se em um estado precário e negligenciado pelo Estado.  De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e publicada no Jornal Folha de São Paulo, cerca de 50% dos brasileiros entrevistados, apesar de reconhecerem letras e números, não conseguem compreender textos, mesmo simples. Essa realidade é decorrente da cultura brasileira de não valorizar o hábito da leitura. Como consequência, a defasagem em relação á bagagem literária básica torna-se preocupante, visto que a leitura é imprescindível para aprimorar o desenvolvimento intelectual, pessoal e profissional do indivíduo.   Um outro aspecto a ser analisado, em relação a esta problemática, é o fato de que a qualidade do ensino está sendo negligenciada em detrimento da chamada aprovação automática. Segundo Alberto Moraes, especialista em políticas educacionais, mais de 40% dos jovens saem da escola sem adquirir o conhecimento necessário. Com isso, nota-se que a quantidade de diplomas está sendo mais importante do que o real aprendizado, por isso é crescente o número de estudantes que ingressam em universidades sem o devido preparo. Essa realidade implica em uma geração de profissionais despreparados, que possuem uma grande dificuldade em se comunicar e em compreender princípios básicos, fazendo com que a sociedade tenha problemas no futuro. Para reduzir o analfabetismo funcional, é necessário que o Ministério da Educação, em parceria com o Estado, invista em políticas públicas efetivas para incentivar a leitura nas escolas desde o ensino básico com a colaboração dos pais, para que, assim, a família possa fazer com que seja um hábito no ambiente residencial. Uma outra medida a ser tomada é um sistema educacional mais crítico em relação aos alunos, fazendo com que haja uma maior cobrança em relação ao conhecimento que o jovem precisa ter para ir para o próximo nível de ensino.