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Enviada em: 04/07/2018

Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Entretanto, não se nota a tal importância igualitária dada às pessoas carentes de educação. Nesse contexto, deve-se analisar como a falha no sistema educacional e a desigualdade social influenciam na problemática. De modo à produzir o despertar da sociedade civil perante esse entrave.           O deficiente sistema educacional brasileiro é o principal responsável pelo analfabetismo. Isso decorre de um complexo mecanismo de ensino-aprendizagem, o qual apresenta técnicas arcaicas e sem atrativos de ensino. Diferentemente, o modo de ensino dos jesuítas aos índios por meio de teatros e alegorias se mostra mais eficiente apesar de se passar na Era Colonial. Sem dúvida, a falta de foco no ensino fundamental é o grande alicerce para a problemática, a falta de recursos e a falta  instrução seguida pela má remuneração alimenta o alto índice de analfabetismo funcional. Infelizmente,  a educação brasileira vai de ao pensamento de Paulo Freire, o qual defendia a conscientização do aluno na busca pelo conhecimento, garantindo-lhes as ferramentas necessárias. Em consequência desses fatores, vê-se o retrocesso ideológico, o qual se reflete nos altos índices de pessoas que não sabem ler nem escrever.            Além do mais, a desigualdade social, no que tange as escolas públicas e privadas também é um fator essencial para entender essa adversidade. Isso decorre da atuação do Estado em  não cumprir com as teses defendidas por Locke, violando o Contrato Social, em que o Estado deveria assegurar que cidadãos gozem de direitos imprescindíveis, como o direito à educação de qualidade. Todavia, a realidade brasileira não é aquela pensada por Locke, mas sim aquela pensada por Maquiavel, em que a desonestidade e o egoísmo prevalecem, de modo à colocar a igualdade educacional de lado. Diante disso, estudantes de rede pública, principalmente das séries iniciais, já começam sua jornada escolar e a futura inserção no mercado de trabalho "atrás" de alunos de rede particular, criando, assim, alunos frustrados devido à má educação recebida.         Torna-se evidente, portanto, a falha no sistema educacional e a desigualdade social provocam o analfabetismo funcional. Por isso, é necessário que o Ministério de Educação, juntamente com escolas, desenvolvam métodos de ensino que acompanhem o processo de evolução, com meios mais didáticos, por meio de ferramentas tecnológicas e mais interditividade e diálogo entre professores e alunos, a fim de tonar o ensino menos monótono e mais prazeroso tanto para aquele que  ensina quanto para aquele que aprende. Ademais, o Poder Público deve destinar maiores investimentos à capacitação de profissionais e à estruturas, para que o ensino público se equipare ao privado. Assim, atingiremos o Contrato Social.