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Enviada em: 05/07/2018

Não raro, observa-se por meio das mídias, televisivas e sociais, que o Brasil tem enfrentado altos índices de analfabetismo funcional, tornando necessária uma reflexão acerca de suas causas para sua efetiva redução. Diante disso, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como as questões socioeconômicas e educacionais.      As péssimas condições socioeconômicas são as principais responsáveis pelo elevado número de analfabetos funcionais no país. Isso ocorre porque quando os indivíduos têm seus direitos básicos, como alimentação e moradia digna, negligenciados tendem a abandonar os estudos para sair em busca da sobrevivência e, assim, não completam o processo de uma possível alfabetização eficiente. Não é à toa, portanto, que a maior parte dos analfabetos funcionais se encontram nas regiões mais pobres do país, bem como afirmou pesquisas realizadas pelo Instituto Paulo Montenegro.       Além disso, nota-se, ainda, uma ineficiência no sistema educacional vigente. Isso acontece porque para o governo manter um estudante na escola custa caro, e não é interessante, para ele, prolongar esses gastos reprovando àqueles que não foram bem no processo educacional. Por isso, hoje não é raro vermos funcionais analfabetos ocupando lugares nas universidades, assim como afirmou uma pesquisa realizada pela ONG Ação Educativa, a qual revela que cerca de 38% dos universitários são analfabetos funcionais. Em consequência disso, há o comprometimento da intelectualidade dessas pessoas e também da sua eficiência na futura profissão.   Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para a efetiva redução do analfabetismo funcional no Brasil. Logo, é fundamental que a mídia em parceria com a população, por meio de campanhas midiáticas e manifestações organizadas, pressionem o governo a investir na melhoria das condições socioeconômicas do povo brasileiro, com o intermédio de políticas públicas, a fim de impedir que as pessoas tenham que sair da escola para buscar a sobrevivência. Ademais, o MEC junto com o governo deve reformular o sistema educacional ineficiente, promovendo reprovações para quem não se sair bem no processo educacional. Isso deverá contar com um planejamento econômico, com o fito de impedir o comprometimento intelectual e profissional desses indivíduos. A partir dessas medidas, espera-se que o Brasil eleve sua eficiência na formação de pessoas plenamente alfabetizadas.