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Enviada em: 20/07/2018

Desde o período colonial o analfabetismo se faz presente no Brasil, no qual escravos  trazidos da África eram destinados unicamente para o trabalho, sendo as escolas, exclusivas para os filhos dos latifundiários. Apesar do número de iletrados no país estar diminuindo, grande parte da população brasileira ainda não é capaz de entender e formular textos, ou realizar operações matemáticas básicas, devido as desigualdades sociais e a falta de ações públicas para se alfabetizar as crianças no período correto.   Dito isso, de acordo com o gestor de programas do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Rui Aguiar, não há como resolver o problema do analfabetismo funcional, caracterizado pelos indivíduos que são incapazes de compreender textos simples, se as pessoas não forem alfabetizadas no tempo correto. Isto é, uma criança que não aprende a ler e escrever na época adequada, consequentemente enfrentará dificuldades em acompanhar a turma e o conteúdo, e acabará desistindo da escola. Nesse sentido, há a importância da família presenciar a vida escolar dos filhos e inseri-los na pré-escola na idade estimada pela lei.   Além disso, estreitar as relações de desigualdades existentes no país são medidas que diminuiriam efetivamente o contingente populacional analfabeto, visto que, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 22% dos cidadãos brancos apresentam nível superior, enquanto pardos e negros representam somente 8,8%, sendo também os níveis de maior analfabetismo as regiões Norte e Nordeste, ou seja, locais em que o pouco investimento público se faz presente. Desse modo, a criação de projetos sociais voltados para essa população seria uma forma de ajudar tais pessoas a enfrentarem essa problemática.    Portanto, dado que a iliteracia no Brasil está diretamente ligada não só a uma questão histórica, mas também as diferenças sociais, raciais e econômicas é de extrema importância que o Governo Federal crie associações sociais direcionadas para a essa parcela da população. Por meio de impostos, esse deve disponibilizar nestes locais todos os itens necessários para tal ensino, sendo o letramento, diferentemente da alfabetização, que desenvolve o uso competente do escrita e da leitura nas práticas sociais, o principal meio de ensino. Cabe também as famílias que se façam presentes na vida dos jovens e os ajudem nesse desenvolvimento, no qual será significativo não só na ambiente escolar como também na vida em sociedade. Para que, assim, o percentual de analfabetos no país possa diminuir cada vez mais.